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Volta do recesso

CPI das Fake News no Congresso também investigará ação de hackers

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Hackers acessaram o Telegram de autoridades: parlamentares querem investigar a extensão das invasões. (Foto: Bigstock)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), vai acrescentar a invasão de hackers a celulares de autoridades aos trabalhos de investigação da CPI das Fake News. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) vai investigar notícias falsas e está sendo tratada como prioridade para a volta do recesso do Congresso.

Alcolumbre também foi hackeado pelo grupo preso pela Polícia Federal, na Operação Spoofing. Ele declarou que a invasão leva à produção de fake news e que combater esse crime não é só dever da polícia, mas também dos legisladores. Parlamentares da base e da oposição já estariam se movimentando para tentar interrogar os suspeitos presos usando os poderes da comissão.

A lista de autoridades que tiveram os celulares invadidos é longa, entre elas estariam o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Economia Paulo Guedes e o ministro da Justiça, Sergio Moro, além de procuradores da Lava Jato e ministros de Tribunais Superiores.

A instalação da CPI Mista foi autorizada no início de julho, quando Alcolumbre leu o requerimento, de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), durante sessão do Congresso. A comissão será composta por 15 senadores e 15 deputados, com o mesmo número de suplentes. A investigação pode durar até 180 dias.

Deputado do PSL pediu suspensão da CPI das Fake News

O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança, com pedido de liminar, para suspender a CPI das Fake News. Barros é um dos vice-líderes do partido do presidente Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Segundo ele, “querem instaurar através dessa CPI o crime de opinião”. Barros assina sozinho o pedido de suspensão encaminhado ao STF, mas diz que foi autorizado pelo partido. Um dos argumentos do deputado é que a CPI “não tem um objeto delimitado, definido, e esse é um pré-requisito da criação”.

Além de notícias falsas, serão investigados pela comissão casos de cyberbullying – “denúncias de ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público” –, o uso de perfis falsos para influenciar as eleições de 2018, o aliciamento infantil para crimes de ódio e suicídio e também os ataques de hackers à autoridades.

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