Ouça este conteúdo
Parlamentares de oposição ao governo querem que a secretária-executiva do Foro de São Paulo, Monica Valente, seja convocada para a CPI do MST. O requerimento convocatório de autoria do deputado federal Coronel Meira (PL-PE) já foi assinado pelo relator Ricardo Salles (PL-SP) e pela deputada Caroline de Toni (PL-SC).
À Gazeta do Povo, o gabinete do Coronel Meira relata que há questionamentos a serem feitos para a organização: "O MST tem relações com países como Nicarágua e Palestina, e há membros desses países no Brasil. Portanto qual o interesse do MST em ter esses braços internacionais? Acreditamos que essas são perguntas que merecem ser feitas".
O jornal Estado de São Paulo ainda chegou a revelar que a oposição busca encontrar laços do movimento com ditaduras como Cuba e Venezuela, bem como ao tráfico de drogas e aos guerrilheiros da Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). "O Foro de São Paulo tem relação com a Farc, isso já é claro. Há atas que tratam do tema e essa denúncia merece nossa atenção", explica Meira.
A expectativa era de que o requerimento fosse votado pela comissão nesta quarta-feira (12), mas o texto ficou fora da pauta. Conforme apurou a reportagem, o documento convocatório deve ser votado em agosto, após o fim do recesso parlamentar.
Em outra ação que mira a esquerda, a CPI do MST aprovou, nesta quarta, um pedido de informações e documentos ao Banco Central sobre o LeftBank, conhecido como "o banco da esquerda", cujo diretor-geral é o ex-deputado federal do PT, Marco Maia.
Este requerimento foi feito pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), sob a justificativa de averiguar se o LeftBank tem algum envolvimento em financiamento de invasões de terra e se há um elo entre o banco digital e o MST.
21 requerimentos foram votados na CPI do MST nesta quarta (12)
Ainda que o requerimento convocatório de Monica Valente não tenha entrado na pauta da CPI do MST nesta quarta-feira, outros 21 foram votados pelos parlamentares. Entre eles, diversas outras convocações e convites:
- Deputado estadual Gilberto Cattani;
- Coronel Paulo José Reis de Azevedo Coutinho, comandante da Polícia Militar do Estado da Bahia;
- Marcelo Werner, Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia;
- Cintia Zaira Messias de Lima, auditora Tribunal de Contas da União (TCU);
- Roberto Eiji Sakaguti, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU);
- Rodinei Candeias, Procurador do Estado do Rio Grande do Sul;
- João Henrique Wetter Bernardes, auditor da Controladoria Geral da União (CGU);
- Marco Antônio Baratto Ribeiro da Silva, integrante do MST;
- Ex-dirigentes da Crehnor Sarandi, credora que financiava crédito rural ao MST.
