O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), abriu os trabalhos desta terça-feira (26) conclamando pela construção de consensos e defesa de espaços públicos para a manifestação da minoria.
Ele, contudo, não conseguiu efetivar um acordo para aprovar em bloco requerimentos apoiados pelo governo e pela oposição. Sua intenção era colocar em votação o pedido dos oposicionistas para convocar o ex-chefe da força nacional. Em se aprovando, viriam outros da base governista.
Com a recusa do líder do governo, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), ele deixou como última chance de entendimento a sessão da próxima quinta-feira (28). Os debates ocorreram antes do início do depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Jair Bolsonaro (PL).
A base do governo queria colocar em votação a convocação dos comandantes das Forças Armadas no governo anterior, além do ex-presidente. A intenção é explorar os vazamentos de trechos da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, de que o ex-presidente se reuniu com a cúpula das Forças para supostamente avaliar uma intervenção militar.
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) lamentou o procedimento imposto pela maioria para impedir a investigação das omissões do aparelho federal de segurança, com especial obstrução pelo ministro Flávio Dino (Justiça). Prova disso, ressaltou o senador, foi a notícia divulgada nesta terça-feira pelo jornal Folha de São Paulo de que relatório de inteligência produzido pela Força Nacional em 5 de janeiro alertou com antecedência sobre a possibilidade de atos violentos na capital federal.
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