Os parlamentares que fazem parte da CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro retomam os trabalhos nesta terça (13) com uma longa lista de 285 requerimentos de convocações e de pedidos de documentos a serem analisados.
Entre eles estão os alertas feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre os riscos das manifestações, arquivos e imagens dos prédios dos Três Poderes e informações sobre a atuação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Há a expectativa de se aprovarem as primeiras convocações para depoimentos, como o ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, responsável pelas ações defesa no dia 8 de janeiro; Jorge Eduardo Naime, ex-comandante da PM-DF; e Saulo Moura da Cunha, ex-diretor adjunto da Abin.
“A depender do andamento dos trabalhos - pois são muitos os depoimentos - poderemos vir a ter até três reuniões semanais”, disse o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPMI, neste final de semana nas redes sociais. Por ora, a comissão se reúne às terças e quintas.
O plano de trabalho da CPMI foi apresentado na semana passada pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA), com conclusões prévias e direcionamentos para linhas de investigação. Ela partiu da tese central de que os atos de vandalismo do 8 de janeiro miravam “os pilares das instituições e à democracia”.
A relatora quer investigar fatos anteriores ao 8 de janeiro, como sendo preparatórios para os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes, e expressou foco preferencial em financiadores e em mentores intelectuais. Eliziane não descarta, inclusive, investigar as plataformas de redes sociais.
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