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Os parlamentares que participam da CPMI dos atos de 8 de janeiro aprovaram, na manhã desta quinta (24), a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid para prestar mais um depoimento à comissão, além de outros 56 requerimentos.
Entre eles, estão a convocação de mais militares e a quebra de sigilos da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto, que teria sido contratado para operacionalizar um suposto esquema de invasão a urnas eletrônicas.
A aprovação dos 57 requerimentos, a maioria da base governista, gerou um bate-boca entre os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Marco Feliciano (PL-SP) pouco antes do início do depoimento do sargento Luis Marcos dos Reis, que integrava a equipe de Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele é apontado, em um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como responsável pela transferência de R$ 81 mil para o seu ex-chefe, Mauro Cid.
A data do novo depoimento de Mauro Cid ainda será marcada. Na última oitiva a que participou na CPMI, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ficou em silêncio. Ele presta depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quinta (24), e afirmou que vai manter a mesma posição adotada na comissão do Congresso de também se manter em silêncio.
Carla Zambelli teve os sigilos telefônico e telemático quebrados pela CPMI, além do relatório de inteligência financeira (RIF). O irmão da deputada, Bruno Zambelli, também foi alvo do requerimento aprovado.
Já os sigilos quebrados de Delgatti são o bancário, fiscal, telefônico e telemático.
Outro ex-assessor de Bolsonaro, Tércio Arnaud Tomaz, também teve os sigilos telefônico e telemático quebrados pela CPMI.
Já entre os militares que terão de prestar depoimentos à CPMI, estão o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior e o segundo-tenente Osmar Crivelatti.
Também foi pedido ao Exército que forneça os processos, sindicâncias e inquéritos instaurados para investigar a participação de militares nos atos de 8 de janeiro. Além da Força, a CPMI pediu informações da PF, Polícia Militar do Distrito Federal, Secretaria de Segurança Pública do DF, e imagens dos circuitos internos de segurança do Palácio da Alvorada e do Ministério da Defesa entre os dias 1º de julho e 31 de dezembro de 2022.
Em uma reunião no comando do Exército em Brasília na manhã de quarta (23), o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), teve a garantia do comandante-geral, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, de que a Força vai colaborar com os trabalhos da comissão e não irá barrar a convocação de militares.