Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023 (CPMI do 8 de Janeiro)| Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve nesta manhã de quinta-feira (22) quatro testemunhas relacionadas à tentativa de atentado a bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal de 2022.

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Serão ouvidos três peritos da Polícia do Distrito Federal, seguidos de George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participar do crime. Como está preso, será conduzido à reunião para prestar depoimento.

Todos tiveram as suas convocações baseadas em requerimentos de seis membros e conforme o cronograma da relatora Eliziane Gama (PSD-MA).

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Em depoimento à CPMI, Leonardo de Castro Cardoso, diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), narrou os episódios relacionados à prisão e à condenação dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba na véspera do Natal. Parlamentares de oposição questionaram a nitidez do vídeo apresentado como prova. Renato Martins Carrijo, perito da PCDF, explicou a inativação da bomba. Por fim, a sua exposição foi complementada pelo perito responsável pela elaboração do laudo policial, Valdir Pires Dantas Filho.

Os investigadores indicaram que investigam outros potenciais envolvidos do Pará e descartaram a conexão com militares, questionada pela relatora.

O deputado André Fernandes (PL-CE) e o senador Jorge Seif (PL-SC) inquiriram o perito Leonardo Cardoso para indicar ausência de conexão direta entre o mentor do crime, a figura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os acampamentos em frente ao quartel-general do Exército e os episódios de 8 de janeiro. O depoente descartou evidências nesse sentido e concordou com o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) de que o construtor do artefato explosivo agiu de forma amadora e isolada.

As intervenções de oposicionistas durante falas de governistas e depoentes foram duramente contidas pelo presidente da CPMI, que ameaçou representar contra perturbadores no comitê de ética.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) contestou a informação de que o jornalista Wellington Macedo, que está foragido por envolvimento no crime, fosse assessor dela. “É preciso interromper já essa recorrente narrativa. O jornalista apenas prestou serviços numa secretaria quando eu era titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos”, disse.

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Deputado do Psol cobra notícia crime contra ex-chefe da PRF

No começo da sessão, o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) cobrou do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), uma notícia crime contra a testemunha Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por supostamente ter mentido na oitiva de terça-feira (19). Maia deixou para a relatora incluir ou não no relatório, conforme informações adicionais requeridas a Vasques para justificar números sobre a operação realizada no segundo turno das eleições de 2022.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) estreou na CPMI como substituto de Marcos do Val (Podemos-ES), que solicitou na véspera licença médica por 100 dias.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]