A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro recebeu um total de 467 requerimentos protocolados por seus membros até a manhã desta terça-feira (30). Esses pedidos ainda serão analisados pela Mesa Diretora e pelo plenário do colegiado.
A maioria deles trata de convocações de autoridades e ex-autoridades, bem como da quebra de sigilos telefônicos e acesso a informações de outras investigações ou registros de órgãos públicos. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) é o parlamentar que apresentou o maior número de pedidos, totalizando 85 documentos.
Os requerimentos da CPMI já indicam alvos preferenciais e sugerem estratégias dos dois grupos em disputa, governo e oposição. Do total protocolado, 48 pedidos foram de convocação e apenas um foi de convite.
Dez pedidos dos governistas estão direcionados à convocação do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, enquanto outros nove da oposição solicitam a convocação e/ou quebra de sigilos telefônicos e telemáticos do ministro da Justiça, Flávio Dino, visto pelos opositores como responsável pela inação do governo federal no dia das invasões.
Senadores e deputados da oposição apresentaram 11 demandas para compartilhamento dos dados apurados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Distrito Federal que trata do mesmo tema e pela Polícia Militar, além de documentos e informações dos órgãos de inteligência.
Na tentativa de destacar o que considera arbitrariedades nas prisões ocorridas no dia seguinte aos eventos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes e a falta de ação do governo federal no episódio, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitou todos os alertas feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) aos órgãos do governo federal sobre os riscos da manifestação, bem como todas as imagens captadas pelas câmeras do Palácio do Planalto e acesso aos inquéritos sigilosos do STF.
O deputado também requereu a convocação de autoridades policiais e do ministro da Defesa, José Múcio, além do general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Há também pedidos para ouvir Adriano Machado, fotógrafo da agência de notícias Reuters, e Antônio Cláudio Alves, identificado como responsável pela destruição do relógio de Dom João VI no Palácio do Planalto. Por fim, Eduardo Bolsonaro quer que a CPMI ouça o depoimento de três advogados que defendem presos pelo inquérito do Supremo.
No campo do governo, apenas o deputado Rogério Correia (PT-MG) adiantou a estratégia de convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem atribui a condição de mentor intelectual dos eventos.
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