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CPMI 8/1
Argino Bedin se manteve em silêncio durante depoimento à CPMI, mas se emocionou após falas de apoio de congressistas.| Foto: reprodução/TV Senado

O empresário mato-grossense Argino Bedin, que foi convocado para prestar depoimento à CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, se emocionou durante a sessão desta terça (3). A oitiva, que começou por volta das 10h30, se estendeu durante todo o dia, em que ele se utilizou de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda (2) para não gerar provas contra si.

Durante a sessão pela manhã, Bedin se emocionou durante uma fala do deputado Filipe Barros (PL-PR), que saiu em defesa do empresário por estar sendo apontado como um dos supostos financiadores da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“Não é possível que a gente continue colocando no banco dos réus desta CPMI um empresário de sucesso, bem sucedido, orgulho para o nosso país, como o senhor Argino Bedin, e trata-lo como se fosse terrorista. Toda a solidariedade ao senhor e à sua família”, disse Filipe Barros.

O parlamentar completou, dizendo que ele é um “orgulho para o Brasil”, o que levou o empresário às lágrimas, sendo ajudado pelo advogado que estava ao lado. Pouco depois, a deputada Tereza Cristina (PP-MS) foi até a tribuna para prestar solidariedade a Bedin.

Pouco depois, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também subiu à tribuna cumprimentar o empresário, dizendo que está “esperando o excelentíssimo ministro dos direitos humanos vir acompanhar uma sessão desta CPMI e ver o que fizeram e continuam fazendo com crianças, mulheres e idosos”.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) postou nas redes sociais um vídeo de Damares cumprimentando Bedin e classificou como uma “injustiça que está sendo promovida para destruição de adversários e construção de narrativas é algo desumano”.

“Os fins justificam os meios para essa gente. Um dia a verdade prevalecerá e os agentes da ditadura pagarão por seus crimes”, afirmou o deputado.

Ao fim da sessão da manhã, já no começo da tarde, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), também subiu à tribuna da comissão para prestar solidariedade ao empresário. “Uma injustiça o que estão fazendo com o senhor. Homem íntegro, reto e que me orgulha. Ao Sr. Bedin e toda sua família: estamos com vocês! Permaneçam firmes e conte com nossa força e orações”, disse o parlamentar nas redes sociais.

O senador Magno Malta (PL-ES) também prestou solidariedade ao empresário pouco depois. “Argino Bedin, orgulho do agronegócio brasileiro”, disse nas redes sociais.

Na retomada da sessão à tarde, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) adotou um discurso semelhante ao de Barros pela manhã em defesa do empresário. “É lamentável, eu chorei quando o senhor chorou aqui. Porque é assim que o meu coração fica em saber de quantas pessoas estão sendo injustiçadas”, disse.

Bedin, no entanto, não foi levado às lágrimas, mas cumprimentou e agradeceu o deputado pelas palavras.

CPMI fecha acordo para votar relatório dia 18/10

Após o depoimento do empresário, a CPMI fechou um acordo para que a apresentação do relatório da senadora Eliziane Gama e do voto em separado da oposição sejam feitas em reunião do colegiado no dia 17 de outubro (terça-feira).

O presidente do colegiado, Arthur Maia, informou que se houver pedido de vistas, “o que certamente deverá acontecer”, o debate e a votação de ambos os textos ocorrerão às 9h de quarta-feira (18).

Alguns parlamentares pediram para antecipar a divulgação do relatório e do voto em separado já na próxima semana, mas a senadora Eliziane disse não ser possível se comprometer com uma data porque sua assessoria ainda “está levantado todas as informações” e há arquivos ainda não analisados.

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