Um erro fez com que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, inicialmente, tivesse sido definido na terça-feira (10) como o relator de uma ação que envolve o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o Partido dos Trabalhadores (PT), o qual é defendido pela advogada Valeska Zanin, esposa do ministro. Após a publicação da reportagem da Gazeta do Povo, o STF informou que a Secretaria Judiciária verificou o erro na distribuição inicial e redistribuiu o processo para o ministro Gilmar Mendes.
O gabinete de Cristiano Zanin já havia oficiado a Secretaria Judiciária, responsável pela análise inicial das ações que chegam ao STF, sobre situações em que ele estaria impedido. Ainda segundo o STF, a ação de Flávio Bolsonaro não chegou a ser analisada por Zanin.
O caso é pautado em uma publicação feita em uma rede social pelo senador durante a campanha de 2022, que associava o PT ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Valeska Zanin defende a coligação de Lula na ação. Ela assina o pedido para que o recurso do senador seja negado.
O post que resultou na ação mostrava alguns símbolos do crime organizado (PCC) e da sigla do PT em um vídeo e o senador ainda completou com a seguinte legenda: “entendem por qual razão os bandidos odeiam tanto Bolsonaro?”, dizia a publicação.
Na época, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ordenou que o senador apagasse a publicação e afirmou na sentença: “a publicação associa de forma intencional o PT ao crime organizado, com o nítido objetivo de propagar desinformação na tentativa de interferir no pleito que se avizinha”, dizia a decisão do ministro que também multou o senador.
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