O governo Lula voltou a discutir o pagamento da dívida de Cuba com o Brasil. O regime cubano afirmou que pretende quitar o débito, mas citou limitações que impedem o pagamento dos valores no momento. A dívida de Cuba com o Brasil atingiu US$ 671,7 milhões no fim de 2023, já as parcelas a vencer chegam US$ 525 milhões.
No último dia 8, a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda reuniu os membros do Comitê de Avaliação e Renegociação de Créditos ao Exterior (Comace) e autoridades cubanas para discutir o tema.
Cuba apontou na conciliação que tem enfrentado “choques externos diversos”, como a pandemia, os embargos americanos e as mudanças climáticas, segundo apuração do Broadcast, do Estadão. “O objetivo do diálogo bilateral sobre a dívida é conciliar valores, discutir a resolução dos montantes em atraso e buscar formas de viabilizar a retomada do fluxo de pagamentos”, disse o ministério em nota divulgada na quarta-feira (14).
A maior parte do dinheiro emprestado a Cuba saiu do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a construção do Porto Mariel. Em setembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, em Havana. Na ocasião, o petista afirmou que Cuba é “vítima de um embargo econômico ilegal” dos Estados Unidos e rechaçou a “inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”.
Apesar de ser aliado de Cuba, o mandatário brasileiro não pode reestruturar a dívida por conta própria. Uma eventual renegociação dos critérios de pagamento depende da aprovação do Congresso Nacional.
Em novembro, o governo federal encaminhou para o Congresso um projeto de lei que autoriza o BNDES a voltar a financiar obras e outros serviços prestados por empresas brasileiras no exterior. O projeto prevê a vedação de empréstimos para países inadimplentes, caso de Cuba, Venezuela e Moçambique. Atualmente, a norma interna do BNDES já proíbe a concessão de crédito para países que devem ao Brasil, mas a ideia é reduzir resistências ao projeto, especificando a restrição em lei.
Entre as obras polêmicas financiadas nos governos petistas anteriores, que não foram quitadas, estão o metrô de Caracas, na Venezuela, e o Porto de Mariel, em Cuba.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Lula ganha aliado europeu no acordo Mercosul-UE e acerta venda de aviões da Embraer
Projeto que eleva conta de luz em 7,5% avança no Senado e vai para o plenário
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF