Sistemas de energia solar representam a maior parte das unidades de Geração Distribuída no Brasil.| Foto: Pixabay

A instalação de sistemas de energia solar ganhou impulso após 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou incentivos para a modalidade chamada de Geração Distribuída.

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Apesar disso, o investimento inicial para instalar esse tipo de sistema continua alto. Vários fatores estão envolvidos no cálculo do custo de um desses sistemas, mas o principal deles é a quantidade de energia consumida. Quanto maior for a demanda, maior terá de ser a potência dos painéis solares instalados – e, consequentemente, mais cara ficará a conta.

Rodolfo Meyer, CEO do Portal Solar – um marketplace de empresas de energia solar – explica que há uma grande variação de preços entre os diferentes fornecedores. "Temos 14 mil empresas registradas na nossa plataforma. O preço da mais cara chega a ser dez vezes maior ao da mais barata", alerta.

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Por isso, é possível, apenas, saber uma média de preço para a instalação. De modo geral, em residências, o sistema pode custar entre R$ 15 mil e R$ 50 mil.

"Para consumidores que têm uma conta de luz de R$ 300, por exemplo, o valor dos equipamentos e da instalação deve ficar em torno dos R$ 15 mil. Já para uma demanda de R$ 1 mil em energia, o sistema deve custar mais de R$ 40 mil", explica Meyer.

Se o investimento é alto, os consumidores precisam tomar cuidados redobrados para não comprar gato por lebre e acabar perdendo dinheiro. A Gazeta do Povo preparou uma lista com os principais fatores a serem considerados na hora de fazer a compra:

1. O meu consumo de energia compensa a instalação de um sistema fotovoltaico?

Quanto mais cara for a conta de luz do consumidor, mais compensador deve ser o sistema. "O investimento inicial é maior, mas a economia de energia acaba retornando o investimento mais rápido", explica Meyer.

Em uma conta de luz de R$ 500 mensais, por exemplo, a estimativa é de que sejam recuperados cerca de R$ 6 mil por ano. Em quatro anos, assim, o consumidor deve ter o retorno do que investiu. "Com consumo de energia abaixo de R$ 300 não há tanto benefício. Quanto maior a escala, mais rentável é o investimento", explica o CEO do Portal Solar.

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Vale lembrar, também, que o subsídio para esse tipo de energia está sendo revisto pela Aneel – o que pode alargar o tempo para o retorno do investimento. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o período pode dobrar se a Aneel implementar as mudanças como estão.

Além do consumo de energia, é preciso verificar, ainda, se o cliente possui um local adequado para a instalação dos painéis. Áreas com muitas árvores ou prédios em volta, por exemplo, não são as ideais pois produzem muita sombra. No caso de apartamentos, só é possível fazer a instalação nos imóveis da cobertura.

2. Quais são os componentes de um sistema fotovoltaico?

Um sistema para geração de energia solar tem dois componentes principais: os painéis solares, que captam a radiação do Sol; e o inversor, responsável por converter a energia solar em elétrica. É o inversor que vai transformar a corrente produzida de contínua para alternada, possibilitando que a energia seja transmitida à rede e utilizada pela unidade consumidora.

O inversor também tem a função de isolar o sistema fotovoltaico em caso de desligamento da rede – evitando, assim, que o sistema injete energia quando está ocorrendo algum tipo de manutenção.

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"O inversor precisa ter boa qualidade para que o sistema tenha a eficiência esperada", explica Renan Ribeiro, gerente comercial da Go Solar.

Esses dois componentes são os mais caros do sistema, representando entre 70% e 80% de todo o custo dos equipamentos. Além deles, o consumidor também terá que ter estruturas de fixação dos painéis e os fios para conexão.

3. O que devo exigir da empresa de instalação?

Com a profusão de opções no mercado, a dica é procurar empresas que tenham boa reputação e transmitam segurança. "Um módulo fotovoltaico tem garantia de eficiência de até 25 anos. Por isso, é importante comprar de uma empresa que tenha responsabilidade com os clientes e saúde financeira para permanecer funcionando pelo tempo da garantia", recomenda Ribeiro.

O consumidor também deve ficar atento à instalação do sistema. Aspectos como a inclinação do telhado, o posicionamento das placas e a incidência de radiação solar na região influenciam na produtividade, e devem ser levados em conta pelos profissionais que vão fazer a instalação.

Por fim, um ponto fundamental é a qualidade das estruturas de fixação. São elas que vão garantir que as placas permaneçam íntegras durante intempéries como chuvas de granizo ou tempestades.

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4. Com qual periodicidade devo fazer a manutenção do sistema?

O sistema fotovoltaico tem durabilidade de 25 anos, mas isso não significa que o consumidor não terá que fazer manutenções ao longo desse período. O recomendado é que, todos os anos, o proprietário faça uma revisão preventiva do equipamento, que inclui a limpeza dos painéis solares.

A cada dez anos, além disso, o consumidor pode precisar trocar o inversor. Mas, de acordo com Renan Ribeiro, da Go Solar, o custo de manutenção não supera 1% do valor total do investimento, incluindo a troca de peças.

5. Como posso monitorar a produtividade do meu sistema?

Para se certificar que o sistema está funcionando adequadamente (e produzindo a energia prometida), o consumidor pode contar com um monitoramento em tempo real. Os dados são transmitidos pelo inversor, que aponta o histórico de geração do equipamento e também quanto ele está produzindo naquele momento.

Como a eficiência do sistema depende de fatores externos – como a variação das chuvas e a quantidade de nuvens –, os indicadores não devem apresentar a mesma quantidade de energia produzida em dias diferentes. Mas, com as informações, o consumidor pode verificar se a média de produção se mantém estável e planejar as ações de manutenção.

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