Nesta terça-feira (26), o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, convocou a militância para uma manifestação, no dia 10 de dezembro, contra a possibilidade de concessão de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro.
De acordo com a convocação, as manifestações serão realizadas nas capitais brasileiras, “organizadas pelos movimentos sindical e sociais, entidades do campo progressista”.
Como justificativa para a realização do ato, o presidente da CUT cita o relatório da Polícia Federal (PF) que, na semana passada, indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por suspeitas de envolvimento em um suposto “plano de golpe”.
De acordo com a PF, o suposto plano previa até o assassinato do presidente Lula (PT), de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo o presidente da CUT, o objetivo do ato é fazer pressão popular para que haja julgamento, condenação e prisão dos indiciados.
CUT quer o arquivamento do PL da Anistia
A CUT também quer pressionar pelo arquivamento do Projeto de Lei (PL) 2.858/2022, que anistia os presos do 8 de janeiro.
“Está muito claro o que aconteceu, e foi grave. O Brasil esteve muito perto de um retrocesso como o que ocorreu em 1964”, disse Sérgio Nobre.
O presidente da CUT também defendeu o sindicato como “pilar da democracia”, o fortalecimento das instituições e disse que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, o ministro Alexandre de Moraes, devem ser apoiados.
“É importante defender as instituições porque as pessoas que estão lá vão passar e quem vier tem que ter consciência da importância que essas instituições democráticas têm para o país. A democracia veio para ficar no Brasil e tem que ser defendida todo santo dia. É uma pauta fundamental do povo brasileiro, da classe trabalhadora, da CUT”, disse.
“No Congresso Nacional, volta e meia, a gente perde um direito. Não é o Congresso que a gente quer, mas não tem democracia sem Parlamento. Precisamos defender os nossos parlamentares, precisamos defender o STF, que, aliás, tem sido muito corajoso na defesa da democracia, temos de ser solidários ao Alexandre de Moraes e a todos os ministros e ministras que têm sido firmes no combate ao fascismo, no combate ao golpe”, completou.
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