O ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) escreveu uma carta negando seu envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro. No documento, o ex-parlamentar nega que tenha planejado os ataques daquele dia com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No texto escrito à mão por Silveira da penitenciária em que está preso no Rio de Janeiro, o ex-parlamentar confirma que participou da reunião citada mas nega algumas acusações feitas por Do Val. Em transmissão ao vivo feita em fevereiro, o senador acusa o ex-deputado de planejar “um golpe de Estado” de querer gravar ataques do dia e de querer gravar o ministro Alexandre de Moraes com a intenção de reverter o resultado das eleições de 2022.
De acordo com Silveira, ainda que a reunião de fato tenha acontecido, o nome de Moraes nunca foi citado. "Durante a famigerada reunião, Marcos do Val elogiou o presidente [Bolsonaro] e disse que lutaria no Senado pelas pautas conservadoras. O nome do ministro do STF sequer foi citado", escreveu o ex-deputado.
O documento foi divulgada pelo advogado de Silveira, Paulo Faria, neste domingo (23). Em nota publicada junto com a carta, Faria também afirmou que Do Val apresentou "falsas e levianas acusações" e que o senador responderá "civil e criminalmente por seus atos".
As acusações de Do Val
Em depoimento à Polícia Federal, nessa quinta-feira (19), Do Val reafirmou que Daniel Silveira foi idealizador do plano para levantar suspeitas contra Alexandre de Moraes.
O plano de Silveira, segundo Do Val, seria gravar Moraes e induzir o ministro a falar algo contra o sistema eleitoral. O senador relatou ter sido procurado por Silveira e que Bolsonaro o teria convidado para a reunião no Palácio do Alvorada.
Após o convite, o senador pediu para ser recebido por Moraes e perguntou ao ministro se deveria ir ou não à reunião. De acordo com o parlamentar, Moraes teria dito que "informação é sempre importante". Silveira nega que isso tenha acontecido.
“Palhaço este que inventou uma história que torna-se cada vez mais ridícula pelo óbvio. Nem o Presidente, nem eu jamais havíamos visto o membro da Swat, CIA, FBI, Mossad e Tutti quanti, portanto, porque pediríamos a ele, logo a ele, uma idiotice desta? Só um idiota roxo acreditaria nesta baboseira! Ademais porque Alexandre de Moraes confessaria a ele, logo a ele, algo substancial que o incriminasse? Tem que ser um completo idiota para acreditar nesta história, e, fosse verdade, sequer existe crime”, escreveu Silveira em sua carta.
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