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Inquérito do golpe

Defesa de Cid pede ao STF investigação sobre vazamento de delação

Defesa de Cid pede investigação sobre vazamento de delação
Defesa de Cid diz que vazamento da delação “ocorreu de forma criminosa”, colocando em risco o militar, sua família e o andamento do processo. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

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A defesa do tenente-coronel Mauro Cid pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (29) a abertura de uma investigação sobre o vazamento da primeira parte da delação premiada do militar. A petição foi encaminhada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

No último sábado (25), o colunista Elio Gaspari divulgou o conteúdo e a Folha de S. Paulo publicou a íntegra do depoimento. Entre os relatos do documento, Cid afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) supostamente pressionaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado em 2022.

Os advogados do tenente-coronel afirmam que o “vazamento ocorreu de forma criminosa, colocando em risco não só o colaborador e sua família, mas também a tranquilidade do andamento processual”. Também destacaram que Moraes garantiu o sigilo do acordo, “pois, quando a defesa de investigados requereu acesso, foi-lhes, legalmente, negado”.

A defesa disse que “medidas devem ser tomadas para se averiguar quem providenciou a quebra do sigilo do mencionado depoimento”, mas ressaltou que o pedido não busca penalizar a imprensa pela divulgação.

“Porém, esse direito à informação não pode ser confundido com quebra de sigilo que é imposto por determinação. Da mesma forma, não se haverá de ignorar a responsabilidade de quem tenha enviado para a imprensa, sob pena do instituto da colaboração premiada perder sua credibilidade”, diz a petição.

Além disso, a defesa reforçou que Cid “vem cumprindo fielmente os termos do referido acordo, notadamente quanto ao sigilo das informações ali contidas”. O pedido de investigação é assinado pelos advogados Cezar Bitencourt, Jair Alves Pereira e Vania Adorno Bitencourt.

Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe após as eleições presidenciais de 2022. Michelle e Eduardo não estão entre os indiciados. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que não há elementos para indiciar a ex-primeira-dama e o deputado.

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