Os advogados que formam a equipe de defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa deixaram o caso nesta quarta (20) após o ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, anunciar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou homologar na terça (19) o acordo de delação premiada firmado por ele.
Lessa é acusado de ser um dos executores do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes há seis anos. Na semana passada, o caso foi encaminhado ao STF após se identificar uma autoridade com foro privilegiado nas investigações retomadas no ano passado.
O advogado Bruno Castro, que defendia Lessa, confirmou à Gazeta do Povo a saída do caso afirmando que “por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores”. “Nossa indisposição à delação é genérica e pouco importa o crime cometido, quem tenha cometido e/ou contra quem foi cometido”, afirmou.
Castro e o sócio, Fernando Santana, afirmam que deixaram claro para Lessa desde o primeiro contato, há cinco anos, que não atuariam caso ele tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada.
“Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa”, completou a dupla de advogados.
Ricardo Lewandowski afirma que se reuniu com Moraes para ser comunicado da homologação, e informações de bastidores apontam que o encontro foi precedido de outros para acertar todo o embasamento jurídico do acordo. Segundo o ministro, a delação traz “elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução [do crime]”.
“[O processo] está agora nas competentes mãos do ministro Alexandre de Moraes e dentro em breve teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentíssima ação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação”, disse.
Além de Lessa, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, investigado como um dos autores dos disparos, também acertou um acordo de delação com a PF e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Há seis anos, em 14 de março de 2018, Marielle e Anderson foram baleados dentro do carro após deixarem um evento na região central do Rio.
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