A defesa do presidente eleito do União Brasil, Antônio Rueda, reiterou na manhã desta terça (12) que o incêndio às duas casas dele e da irmã em Pernambuco na noite de segunda (11) pode ter sido provocado a mando do atual mandatário do partido, Luciano Bivar. A possibilidade foi apontada mais cedo pelo governador Ronaldo Caiado (União-GO) por conta de supostas ameaças antes da convenção que o elegeu como novo presidente, há duas semanas.
Bivar negou ligação com o crime e disse que a acusação não passa de “factoide” e de “ilação”.
Segundo o advogado Paulo Catta Preta, que defende Antônio Rueda, há sinais de que as residências foram arrombadas e que o incêndio teve motivação criminosa.
“Ele [Rueda] esta atemorizado, escandalizado, com o contexto de escalada de violência politica que aconteceu. Isso se iniciou com as ameaças, que se repetem agora, ao que sugere, não posso afirmar categoricamente, mas há esses dois incêndios ontem que escalam gravemente essa crise instalada no partido. Não posso afirmar categoricamente, mas vinculo as ameaças de Bivar aos incêndios”, disse Catta Preta em registro da GloboNews.
O advogado afirmou, ainda, que ameaças recebidas por Rueda no dia da convenção do partido foram registradas na polícia do Distrito Federal e que acionou Bivar no Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma delas está em um vídeo anexado ao processo em que o mandatário do partido diz que "peço a Deus que cuide dos meus amigos, dos meus inimigos cuido eu [...] uma traição covarde, inominável, e com desfaçatez da família", o que foi entendido como uma ameaça. Rueda é vice-presidente do partido, mas disputou a presidência no mês passado concorrendo com Bivar.
Catta Preta disse, também, que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) se colocou à disposição para fazer a escolta de Antônio Rueda.
Bivar nega acusações
A afirmação de Catta Preta foi dada no mesmo momento em que Bivar falava com a imprensa após um evento no Palácio do Planalto. Ele chamou a acusação de ilação e questionou a eleição de Rueda.
“Tudo é ilação, é um factoide. [...] Se fez uma eleição fajuta, porque até hoje não tem nenhum documento. Parece que foram eleitos o presidente [Rueda], a irmã [Maria Emília, tesoureira do partido], o cunhado, o irmão, quatro funcionários, foi um negócio absolutamente arranjado”, disse.
Ele disse, ainda, que, na condição de presidente do União Brasil, precisa “defender que partido político não é partido de uma família”. Em outro momento, afirmou também que teria sido roubado pela esposa de Antônio Rueda: “a mulher do presidente [Rueda] foi no meu apartamento e roubou meu cofre. Essas coisas também são acusações. Ela roubou todo o dinheiro, tinha um valor significativo”.
A Gazeta do Povo procurou a assessoria de Antônio Rueda para responder à acusação de Bivar e aguarda retorno.
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