O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) defendeu nesta quarta-feira (13) o voto aberto no Senado para decidir a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dino está sendo sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desde a manhã. Para ocupar a vaga na Corte, ele precisa ser aprovado pela CCJ e receber o apoio de, no mínimo, 41 senadores no plenário. As duas votações são secretas, com isso não é possível saber como os senadores votaram.
“Em 2019, em meio a vários escândalos de corrupção, Renan Calheiros desistiu de sua candidatura a presidente do Senado depois que senadores anunciaram o voto aberto. O voto aberto é a única maneira de impedir Dino no Supremo”, disse Dallagnol na rede social X. Na eleição para presidente do Senado, em 2019, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) renunciou à candidatura para tentar, pela quinta vez, comandar a Casa.
Na época, em entrevista aos jornalistas, Renan explicou que, na segunda votação, que o PSDB não poderia, por pressão, abrir o voto. O senador esperava ter quatro votos entre os tucanos, informou a Agência Senado. Dallagnol foi chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, antes de entrar para a política. O ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (União-PR) evitou pressionar Dino durante a sabatina na CCJ. O governo Lula estima que Dino terá entre 48 e 53 votos no plenário do Senado.
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