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Notícia-crime

Deltan Dallagnol pede à PGR que investigue Moraes por suposto abuso de autoridade

Deltan aciona PGR contra Moraes por suposto abuso de autoridade
Dallagnol quer investigação contra Moraes por decisão que prendeu dois homens suspeitos de enviarem ameaças a familiares do ministro. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados.)

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O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por suposto abuso de autoridade. A notícia-crime pede que o magistrado seja investigado por ter determinado a prisão de dois homens suspeitos de ameaçar sua família.

A ação também é assinada pela pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Carolina Sponza (Novo), e pelo pré-candidato a vereador do Rio Jonathan Mariano (Novo). Na semana passada, Moraes determinou a separação das investigações. Ele se declarou impedido de julgar os suspeitos no caso de ameaças a seus familiares, mas segue como relator no inquérito que apura possível crime contra o Estado Democrático de Direito.

Os pré-candidatos do Novo e Dallagnol, que foi o procurador-chefe da Lava Jato, argumentaram que Moraes agiu como juiz em um caso no qual ele mesmo era a vítima.

“Mesmo ciente do impedimento para decretar a prisão de dois suspeitos, o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes proferiu decisão, com a decretação de prisão de cidadãos, ainda que não tivesse nem mesmo naquela ocasião poder para exercer a jurisdição, por expressa disposição do inc. IV, do art. 252, do CPP [Código de Processo Penal]”, diz um trecho da ação.

Os integrantes do Novo afirmaram que o ministro atuou de forma “arbitrária e ilegal” contra os suspeitos. Segundo as investigações, as ameaças feitas por eles consistiam no envio de e-mails ameaçadores para familiares de Moraes, detalhando inclusive a rotina da família. Os autos do processo estão em sigilo.

"Em vez de encaminhar o pedido de prisão da PGR para a primeira instância ou para outro ministro do Supremo, Alexandre de Moraes agiu como tem feito há tempos, atropelando a Constituição e as leis”, disse Dallagnol, em nota.

No dia 31 de maio, Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior foram detidos pela Polícia Federal, sob alegação dos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e ameaça e perseguição. Um dia depois, Moraes manteve as prisões preventivas dos suspeitos.

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