CPI da Braskem ouve ex-servidor do Serviço Geológico do Brasil (SGB) Thales Sampaio.| Foto: Agência Senado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem ouviu nesta quarta-feira (6) o depoimento do servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Thales Sampaio.

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A CPI foi criada para investigar a responsabilidade jurídica e socioambiental da empresa Braskem em relação ao colapso de minas de sal-gema em Maceió, capital de Alagoas.

Durante o depoimento, Sampaio declarou que a petroquímica foi negligente e imprudente na exploração de sal-gema em Maceió. Segundo ele,a empresa tentou negar responsabilidades apesar dos laudos comprovando que não havia problema de solo, de inundação, de dissolução de rochas e de falhas e fraturas nos bairros atingidos.

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De acordo com o geológo, a retirada de 750 mil caminhões de sal-gema provocaram as rachaduras. O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) avalia que a Braskem sabia dos riscos da "exploração predatória" feita em Maceió e reiterou que a CPI vai buscar as provas dessa autoria.

Na avaliação do relator do colegiado, Rogério Carvalho (PT-SE), a Braskem tinha recursos para fiscalizar as cavidades e evitar os colapsos das minas que provocam danos sérios desde 2018 na região.

“É uma das maiores petroquímicas do mundo, é óbvio que todos os recursos necessários estavam à disposição dessa empresa. Pode representar um ato de negligência (...) Não é possível que quem trabalhasse ali não soubesse as condições da mina, porque nós estamos falando de um problema que tem registros e sinais de afundamento desde 2004.”, disse o parlamentar.

*Com informações da Agência Senado