
A Polícia Federal adiou o depoimento do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A oitiva estava marcada para esta sexta-feira (2), mas foi remarcada para a próxima segunda-feira (5). Dallagnol foi intimado a prestar depoimento no último dia 30, mas o motivo foi informado apenas quando o parlamentar compareceu à PF. Segundo a nota enviada pela assessoria de Dallagnol, uma entrevista dada pelo deputado teria motivado a intimação. Ele afirma que não sabe "qual regra penal teria sido violada".
O depoimento de Dallagnol, segundo fontes ouvidas pela Gazeta do Povo, foi pedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que o deputado explicasse, na condição de intimado, as críticas feitas à Justiça Eleitoral, depois da cassação de seu mandato por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Posteriormente, a informação foi confirmada pela assessoria do deputado. Por meio de nota, ela informou que "no ato de colheita de depoimento de hoje, [o deputado] descobriu que foi intimado para depor como investigado sobre uma entrevista que fez como parlamentar, com relação a fatos relacionados à sua atividade, exercendo seu direito e protegido por sua imunidade sobre opiniões e palavras, não podendo dar mais detalhes sobre a investigação em razão do sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal sobre o procedimento".
Por causa do sigilo, a assessoria do parlamentar disse que não pode informar qual entrevista especificamente teria motivado a intimação.
Uma das hipóteses é de que tenha sido por causa das declarações dadas no programa Roda Viva, da TV Cultura. Na última segunda-feira (29), ele classificou como "ilegalidade" e "injustiça" a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou em sua cassação. “O que eles fizeram foi criar uma hipótese de inelegibilidade que não está prevista na lei… O que existe no meu caso é especulação”, disse Dallagnol sobre os ministros da Corte Eleitoral durante o Roda Viva.
Além disso, ainda por meio de nota, a assessoria explicou que o adiamento do depoimento desta sexta para a próxima segunda ocorreu pelo fato de que o "deputado só teve acesso à razão da investigação no momento do depoimento, e seu advogado só teve acesso aos autos instantes antes da audiência".
Dallagnol disse também que irá pedir que a defesa solicite ao STF que o sigilo seja retirado, para que se possa dar publicidade aos atos.
Cassação e defesa
Por sete votos a zero, o TSE entendeu que o parlamentar feriu a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do cargo de procurador para evitar um possível processo administrativo disciplinar.
Na última terça-feira (30), o deputado entregou a sua defesa, por escrito, à Corregedoria da Câmara dos Deputados. A Mesa agora vai analisar a defesa.
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