Fabrício Queiroz prestou depoimento nesta segunda-feira (29) à Polícia Federal e negou ter conhecimento sobre suposto vazamento de informações sobre as investigações do caso da rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Queiroz era assessor e motorista do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente senador pelo Republicanos. O empresário Paulo Marinho declarou que Flávio tinha conhecimento do caso e, por isso, demitiu Queiroz de seu gabinete, à época. O assessor disse que pediu para sair porque estava cansado. As informações são do jornal O Globo.
Queiroz foi preso no dia 18 de junho na operação Anjo. Ele estava em uma casa na cidade de Atibaia, que pertence a Frederick Wassef, que foi advogado de Flávio e é próximo ao presidente Jair Bolsonaro. Desde a detenção, ele foi levado para o Rio de Janeiro e esse depoimento foi prestado por meio de videoconferência. Ele foi ouvido na condição de testemunha.
Ainda de acordo com O Globo, o ex-assessor disse que ele mesmo pediu para ser exonerado do gabinete de Flávio, negando que a demissão seria uma movimentação tomada após o então deputado ficar sabendo da investigação sobre as movimentações financeiras do funcionário. Para justificar o pedido de demissão, Queiroz disse que estava "cansado" de trabalhar como assessor do político e que trataria de questões de saúde.
Queiroz nega vazamento de informações
O empresário Paulo Marinho, antigo aliado da família Bolsonaro, declarou neste ano que Flávio obteve informações privilegiadas sobre as investigações da operação Furna da Onça, que mirava, entre outras pessoas, Fabrício Queiroz. Foi neste caso que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou movimentação atípica nas contas do então assessor.
Esse volume de dinheiro, incompatível com os rendimentos de Queiroz, culminou na suspeita de um esquema de devolução de salários de funcionários de Flávio na Alerj. Seria a "rachadinha".
A investigação da PF para a qual Queiroz prestou depoimento nesta segunda tem como objetivo apurar apenas a questão do vazamento das informações da operação Furna da Onça. Em seu depoimento, o ex-assessor não confirmou a versão do empresário e negou ter conhecimento de qualquer vazamento de informações acerca da investigação.
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