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Deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ).
Deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ).| Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

A deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) criticou nesta quinta-feira (21) a tentativa do PT de querer arquivar o projeto que concede anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O partido do presidente Lula apresentou um requerimento ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

No pedido, o PT argumenta que o projeto “é de todo inoportuno e inconveniente para o processo democrático e paz nacional”. Também cita o atentado a bomba ocorrido na Praça dos Três Poderes no último dia 13 e a operação da Polícia Federal que investiga um suposto plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao criticar a iniciativa do partido, Chris Tonietto ressaltou que o "PT foi criado após uma anistia concedida pelos militares".

"Quando é com eles, a anistia é democrática e humanitária. Mas com famílias que sofrem há quase 2 anos com seus entes queridos presos pelo 8 de janeiro com penas desproporcionais, eles não têm um pingo de compaixão!", escreveu a deputada na rede X.

O projeto de lei da anistia (PL 2858/2022) concede perdão judicial aos participantes dos eventos relacionados ao 8 de janeiro. Muitos dos condenados pelo STF receberam penas de até 17 anos pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Recentemente, o PSOL também pediu o arquivamento do projeto que aguarda uma análise na Câmara dos Deputados. A proposta estava sendo discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas por pressão de governistas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu criar uma comissão especial para apreciar o projeto, o que dá a Lira maior controle sobre o andamento do texto.

A presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), informou à Gazeta do Povo que havia uma previsão de que o projeto fosse pautado na comissão especial e no plenário no início de dezembro. No entanto, as recentes acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro devem comprometer o andamento da proposta.

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