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A deputada catarinense Caroline de Toni (PL), uma das parlamentares de direita declaradamente contra o aborto, poderá ser a escolhida para comandar a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, a mais importante da Casa, já no início de 2024.
Desde o início desta legislatura, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fechou um acordo com o Partido dos Trabalhadores, que hoje tem o deputado Rui Falcão (PT-SP) na presidência, para que fosse feito um revezamento na Comissão de Constituição e Justiça, e a próxima presidência ficaria com a oposição.
Com a possibilidade de o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), tido como o principal nome do PL para assumir a CCJ ser o representante do partido na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, Carol de Toni desponta como o principal nome da legenda para assumir a Comissão de Constituição e Justiça.
Embora integrantes do PL digam que a definição de Ramagem para substituir o general Braga Netto, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada, ainda não seja definitiva, o parlamentar seria o mais cotado pela cúpula do partido na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2024, informação confirmada até pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.
E é nesse cenário que aparece a deputada Caroline de Toni, reeleita em 2022 como a deputada federal mais votada de Santa Catarina, com mais de 227 mil votos. Formada em Direito, Caroline de Toni teve destaque durante a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a invasão de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, com fortes críticas à doutrinação política e situações de extrema pobreza nos assentamentos visitados pela CPI.
Além disso, a deputada catarinense é defensora do Estatuto do Nascituro, em tramitação na Câmara dos Deputados há vários anos, e defende diversas bandeiras ligadas aos partidos de direita, como o direito à propriedade, acesso a armas e outros temas da chamada pauta de costumes.