Cezinha da Madureira é um dos principais interlocutores de Lula com a bancada evangélica, mas participou de ato convocado por Bolsonaro.| Foto: reprodução/Instagram Celina Leão
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O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), um dos principais interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a bancada evangélica, participou do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo.

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Apesar de ser próximo do presidente em um partido com três ministérios, Cezinha de Madureira se deixou fotografar na manifestação com opositores, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP; o deputado federal Maurício Neves (PP-SP), e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF).

Cezinha chegou a repostar nas redes sociais uma foto na manifestação a partir de uma postagem do pastor Elias de Madureira, mas apagou o registro. No entanto, os perfis de Maurício Neves e de Celina Leão mantiveram uma outra imagem com ele.

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Postagem de Celina Leão com registro de Cezinha da Madureira no ato convocado por Bolsonaro.| Foto: reprodução/Instagram Celina Leão

Segundo apuração do site Metrópoles, o deputado teria dito nos bastidores que não iria à manifestação. Ele chegou a fazer parte da base de Bolsonaro no passado, mas se aproximou de Lula no governo e participou de uma confraternização do grupo Prerrogativas em dezembro.

Apesar de ser um dos interlocutores de Lula com a bancada Evangélica, Cezinha da Madureira criticou o presidente pela declaração que comparou a reação israelense contra o Hamas ao Holocausto nazista, que levou a uma crise diplomática entre os dois países. Na semana passada, ele disse que o petista “está errando feio”.

“O presidente não precisava ter dito isso, ter entrado nessa dividida. Ele está errando feio com os evangélicos, é muito triste”, afirmou.

Durante o ato deste domingo (25), diversos governadores, deputados, senadores e aliados participaram apoiando Bolsonaro, principalmente os que pretendem disputar cargos eletivos nas eleições deste ano e de 2026.

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Entre os deputados federais, além de Cezinha, também estiveram presentes Carlos Jordy (PL-RJ), que pretende concorrer à prefeitura de Niterói (RJ) neste ano; Alexandre Ramagem (PL-RJ), pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro; Caroline de Toni (PL-SC), cotada para assumir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados; e Pedro Lupion (PP-PR), que presidente a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

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Durante o ato deste final de semana, Bolsonaro afirmou que passou “quatro anos sendo perseguido”, e que essa perseguição aumentou desde que deixou a presidência. Ele mencionou a suposta minuta de um decreto para instituir o estado de sítio no país, mas ressaltou que para isso seria necessário convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, algo que não fez.

Bolsonaro também expressou o desejo de “passar borracha no passado” e mencionou os recentes acontecimentos envolvendo investigações da Polícia Federal. Ele declarou que “golpe é tanque na rua” e pediu ao Congresso que aprove um projeto de anistia para perdoar os condenados pelos atentados à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

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