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O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta (28), por reduzir em R$ 13 milhões o orçamento do ano para a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A declaração ocorreu após a instituição anunciar que terá R$ 13 milhões a menos para bancar as contas, uma redução de 7% na comparação com 2023.
Segundo a UFBA, o orçamento deveria ser aumentado em R$ 21,6 milhões em vez de reduzido, devido à inflação referente aos últimos 12 meses. Neste ano, a instituição recebeu R$ 173,2 milhões.
Alden considerou o corte como “absurdo” e afirmou que, se fosse na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), várias entidades já estariam protestando contra.
“UFBA terá corte de R$ 13 milhões em 2024, mas cadê as manifestações? Se fosse na gestão Bolsonaro vários segmentos estariam falando sobre isso, mas quando é com o descondenado não vemos os ditos defensores da Educação”, disparou o deputado contra Lula.
O reitor da UFBA, Paulo Miguez, também criticou o corte, mas sem disparar diretamente contra o presidente. De acordo com ele, o corte “é inexplicável”, e que essa defasagem orçamentária “obriga a comunidade universitária, na UFBA e em todo o país, a continuar enfrentando sacrifícios”.
Para o Capitão Alden, o corte no orçamento das universidades é apenas o começo de uma série de medidas contra áreas essenciais. “Sou membro da Comissão de Educação na Câmara Federal, com o retorno dos trabalhos tenho certeza que os esquerdistas vão tentar ‘passar o pano’ pra justificar o injustificável”, disse.
Em uma nota publicada na segunda (26), a UFBA afirmou que houve uma diminuição das rubricas destinadas ao custeio e investimento disponíveis para a administração da universidade. Isso significa que o impacto da redução orçamentária é ainda maior na prática, atingindo um total de R$ 23,3 milhões (veja na íntegra).
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) solicitou um acréscimo de R$ 2,5 bilhões ao orçamento das universidades em 2024 para lidar com o déficit acumulado nos últimos anos. A entidade vem dialogando com autoridades governamentais e parlamentares para buscar soluções para essa situação preocupante.