Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Minirreforma eleitoral

Deputado petista enaltece resolução do TSE contra “deepfakes” nas eleições

Rubens Pereira Júnior defende resolução do TSE que muda regras para propaganda eleitoral. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Ouça este conteúdo

O relator da minirreforma eleitoral (PL 4438/23) na Câmara dos Deputados, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), enalteceu a “vedação absoluta” do uso de “deepfakesnas campanhas eleitorais. A medida foi aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça-feira (27), em uma nova resolução sobre a propaganda eleitoral nas campanhas para prefeito e vereador nas eleições deste ano.

Deepfakes” são fotos, vídeos ou áudios enganosos, criados artificialmente, e que reproduzem a imagem ou a voz de pessoas reais fazendo ou falando coisas que não fizeram ou falaram. Esse tipo de material tem se popularizado com a inteligência artificial e tornou-se foco de preocupação do TSE neste ano.

A nova regra do TSE prevê a cassação de candidaturas por uso irregular de Inteligência Artificial (IA). Para Pereira Júnior, essa é uma modalidade "mais grave do que fakenews em que se distorce a realidade". Ele mencionou que com o uso da inteligência artificial pode-se, por exemplo, simular a fala de uma pessoa ou criar uma imagem.

"Não adianta ter proibição sem pena. E a pena para esse caso tem que ser grave. O TSE diz que pode ser cassado o diploma daquele que se eleger contando fakenews e usando deepfake na eleição de 2024. É uma boa iniciativa. Nós temos que combater a mentira e defender a democracia”, comemorou Pereira Júnior.

O deputado também elogiou a possibilidade de responsabilizar  provedores nesses casos. Segundo ele, é um avanço e não diz respeito à limite à liberdade de expressão.

"Algumas das vezes, a gente percebe a deepfake, notifica a plataforma – Facebook, Google, Instagram – e eles demoram 48 ou 72 horas, cinco dias para dar alguma manifestação", critica. "O prejuízo causado é irrecuperável, até porque a mentira tem uma velocidade de disseminação maior do que a verdade", afirma o deputado.

De acordo com o deputado, a regulamentação feita pelo TSE é necessária diante da falta de posição definitiva do Congresso Nacional sobre o assunto.

“A eleição de 2022 foi marcada por uso exagerado de fakenews e isso tudo foi judicializado. O TSE dá um banho de água fria naquelas pessoas que tinham o interesse eleitoreiro de usar fakenews como ferramenta ao longo do ano eleitoral”, comemora Pereira Júnior.

A regulamentação da IA vem sento discutida tanto na Câmara como no Senado. O tema é controverso não só no país, mas em todo o mundo, principalmente em razão dos rápidos avanços dessa tecnologia, das ameaças que a Inteligência Artificial podem representar para a população e da lentidão que as leis regulatórias têm para acompanhar o processo.

Já a minirreforma eleitoral – com várias regras sobre propaganda, contas partidárias e candidaturas – foi aprovada pela Câmara dos Deputados em setembro, mas ainda aguarda análise do Senado. A agilidade na tramitação representa um retrocesso para a lei eleitoral, e tem provocado críticas entre a sociedade civil e entidades que atuam na área.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.