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Rogério Correia
Fala de Rogério Correia ocorreu dias depois de Valdemar Costa Neto afirmar que foi pressionado por Bolsonaro para contestar eleição de 2022.| Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, afirmou nesta terça (19) que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, está “entregando Bolsonaro” para manter o partido funcionando. A declaração foi dada pouco antes da Polícia Federal indiciar o ex-presidente por conta da suposta adulteração do cartão de vacinação contra a Covid-19.

“Valdemar Costa Neto está entregando Bolsonaro para tentar manter o PL funcionando, mas nem assim conseguirá. Com a comprovação de que o partido financiou a ação dos militares das forças especiais, a intentona golpista vai terminar com o registro cassado e Bolsonaro covardão na prisão”, disparou Correia nas redes sociais.

Costa Neto e o ex-presidente não se pronunciaram sobre a fala do deputado petista. No entanto, o mandatário do PL afirmou à Polícia Federal, em depoimento em fevereiro divulgado na última sexta (15), que Bolsonaro e deputados do partido o pressionaram para questionar o resultado do segundo turno da eleição presidencial de 2022 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A fala contra Costa Neto e Bolsonaro foi seguida de um link para uma reportagem do jornal O Globo que repercute outras declarações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. O acordo com o militar está embasando as investigações da Polícia Federal sobre uma suposta organização que pretendia dar um golpe de Estado e que culminou com os atos de 8 de janeiro de 2023.

Cid está no centro da delação de diversas investigações interligadas através dele, como da suposta tentativa de golpe de Estado, dos presentes oficiais recebidos por Bolsonaro e da adulteração do cartão de vacinação contra a Covid-19 dele e da filha, Laura Bolsonaro – este último caso levou ao indiciamento pela PF desta terça (19) contra ele e mais 16 pessoas.

A PF também relacionou a questão da adulteração da carteira de vacinação à suposta tentativa de golpe de Estado, que permitiria ao ex-presidente viajar aos Estados Unidos no final do mandato mesmo sem ter sido vacinado, enquanto que se atentava uma ruptura no 8/1.

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