Ouça este conteúdo
Nesta quarta-feira (27), o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) ingressou com um pedido de informações dirigido ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) para que o governo Lula explique “uma série de questões ainda obscuras envolvendo a visita ao país por parte do presidente da França, Emmanuel Macron”.
Barros pede que sejam disponibilizados na íntegra os acordos firmados entre o Brasil e a França, além dos estudos técnicos que motivaram a elaboração desses termos.
O deputado também pede esclarecimentos sobre os “efeitos práticos e jurídicos relacionados à formalização das tratativas”.
“Graças ao nanismo diplomático de Lula, a soberania nacional corre o risco de ser trocada por um passeio de mãos dadas pela floresta. Macron não ficaria três dias no Brasil em troca de um book fotográfico na selva. Precisamos entender os interesses envoltos na visita. Entrei com requerimento para o (des)governo explicar essa 'agenda verde' enquanto as contas públicas estão no vermelho e a dengue já matou quase mil pessoas em 3 meses”, disse o deputado em publicação na rede social X.
No requerimento, o parlamentar também destaca que a farmacêutica francesa Sanofi conta com vacina de eficácia comprovada contra a doença, a Dengvaxia.
Para Barros, o presidente Lula “poderia aproveitar a ocasião da visita e negociar vacinas para as milhões de vítimas da dengue”.
“O descaso e incompetência do Governo Federal têm sido evidenciados nos números divulgados recentemente. Apenas no ano de 2023, o Presidente da República e suas comitivas gastaram mais de R$ 65 milhões em viagens internacionais firmados acordos com dezenas de países ao redor do mundo. Números dezenas de vezes maior, se comparado a gestão anterior. Mesmo com todo esse valor despendido pela União, nota-se que os tratados firmados fizeram por diminuir consideravelmente os investimentos estrangeiros no Brasil. No ano de 2023, tivemos uma redução de US$ 12,6 bilhões em investimentos, o que corresponde a uma queda de quase 20% do investimento se comparado ao ano anterior”, diz um trecho do requerimento.