Um grupo de 38 deputados acionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Procuradoria-Geral da República (PGR) por pressionar parlamentares que assinaram o pedido de impeachment contra ele por conta das declarações contra Israel, que levaram a uma crise diplomática entre os dois países na semana passada.
O governo ameaçou tirar cargos e verbas de deputados da base que se mostraram favoráveis ao impeachment de Lula por ter comparado a reação de Israel contra o Hamas ao Holocausto nazista, de acordo com uma fala do líder de Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
O pedido é liderado pelo deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) junto de Carla Zambelli (PL-SP), que apontou uma possível prática do crime de concussão, que é quando um agente público exige algo em razão do cargo.
“Protocolamos em 38 deputados ofício-representação à Procuradoria-Geral da República em Brasília, solicitando a imediata instauração de investigação criminal para apurar a possível prática de crime de concussão, em virtude da exigência, feita por agentes do governo Lula, da retirada de assinaturas do pedido de impeachment apresentado em desfavor”, disse Zambelli.
Em uma reunião com líderes partidários, Guimarães teria cobrado coerência de deputados que fazem parte da base do governo e que assinaram o pedido de impeachment. “Quem assinou tem que decidir de que lado está: ao lado de Lula ou contra”, afirmou.
O pedido de impeachment protocolado por Carla Zambelli tem mais de 140 assinaturas, o que é um recorde de adesões a um pedido de afastamento já protocolado contra um presidente da República. No pedido, os parlamentares afirmam que Lula teria cometido crime de responsabilidade, como descrito no artigo 5º da Lei 1.079/50, ao comparar a luta de Israel contra o Hamas ao Holocausto.
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