Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Abertura do Debate Geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas| Foto: Ricardo Stuckert / PR
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O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (24), desagradou deputados da oposição, principalmente por ele admitir que o governo não fez o suficiente diante das catástrofes climáticas que assolam o Brasil.

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Ao discursar na Assembleia da ONU, Lula usou a parte inicial de seu discurso para falar de mudanças climáticas e assumiu que o Brasil vive uma crise causada pela queimadas. "O meu governo não terceiriza responsabilidade nem abdica de sua soberania. Já fizemos muito, mas é preciso fazer mais", afirmou. O presidente brasileiro também disse que luta com quem lucra com a degradação ambiental, como garimpeiros e membros do crime organizado. Ele também prometeu erradicar o desmatamento no país até 2030.

Para a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), o presidente "envergonhou o Brasil" ao reconhecer sua falta de ação diante das enchentes no Sul e os incêndios devastadores pelo Brasil.

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"Lula envergonhou o Brasil perante o mundo ao confessar sua ineficiência no combate às enchentes no Sul e aos incêndios que assolam o país inteiro. Ele tenta se eximir de culpa, mas os fatos mostram que sua gestão além de desastrosa, não preserva a imagem do País, nem a segurança do nosso território e não tem como prioridade a proteção do povo brasileiro", disse a parlamentar.

Já o deputado Sanderson (PL-RS) ressaltou que as palavras de Lula só evidenciam a falta de liderança e o fracasso do seu governo. "O Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história e o presidente Lula, ao invés de agir com firmeza, utiliza a ONU para confessar seu fracasso. Isso é inaceitável. Ele não tem a postura de um líder que o Brasil tanto precisa, e suas falhas estão custando caro para os brasileiros.", criticou.

O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apontou que a "hipocrisia é marca registrada do governo Lula", especialmente por ele culpar a gestão anterior - do ex-presidente Jair Bolsonaro - pelos desastres naturais. "Agora, quando é sua responsabilidade, ele admite que não fez o necessário", pontuou.

Seguindo na mesma linha, os deputados Rodrigo Valadares (União-SE) e Sargento Gonçalves (PL-RN) também disseram que a participação de Lula na ONU só reforçou a "sua falta de preparo para enfrentar crises."

"Admitir que não fez o suficiente é assinar um atestado de incompetência, e o povo brasileiro não merece mais um governo que falha em proteger o país.", finalizou Gonçalves.

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