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Brigadistas do ICMBIO durante combate ao incêndio florestal que atinge o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.
Brigadistas do ICMBIO durante combate ao incêndio florestal que atinge o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.| Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O "corredor de fumaça" que se espalhou pelo país nos últimos dias, em decorrência das queimadas na Amazônia, Pantanal e São Paulo, desencadeou uma série de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Deputados federais da oposição criticaram a "ineficiência" e "ausência" do governo petista no combate aos incêndios.

"O Brasil enfrenta recorde de focos de incêndio, e o que vemos? Silêncio total! Os mesmos artistas e ONGs que se reuniam para atacar Bolsonaro por uma faísca, hoje permanecem calados e omissos. Um boicote contra o Brasil, contra os brasileiros", criticou a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP).

Já Rodrigo Valadares (União-SE) questionou. "E a ministra Marina Silva? Nada de solução. Apenas, desvia a irresponsabilidade e incompetência do Governo Lula culpando mudanças climáticas e secas"

Ainda na mesma linha, Sargento Gonçalves (PL-RN) cobrou a atenção. "É hora de alerta não apenas com o fogo que vem destruindo casas, plantações e mata animais, mas também das vozes que se calam, e deveriam falar, diante desse momento crítico que o país enfrenta."

Por fim, Rodolfo Nogueira (PL-MS) destacou a mudança de postura do atual governo, apontando incoerência nas ações de Lula e Marina Silva.

"É lamentável ver o presidente Lula e a ministra Marina Silva, que tanto criticaram o governo Bolsonaro pelas queimadas, agora se esquivando da responsabilidade. Quando era conveniente, eles apontavam o dedo e faziam discursos inflamados. Agora, quando a situação se repete, preferem silenciar e buscar desculpas. Essa postura só demonstra a hipocrisia que domina o atual governo", declarou Nogueira.

Recorde de queimadas

De acordo com o sistema do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de janeiro e 23 de agosto, o país registrou mais de 102.670 focos de queimadas. Esse é o maior número registrado em período equivalente nos últimos 14 anos. Desde 2010, quando 114.265 focos foram registrados, não havia tantas queimadas neste período no país. Somente a região da Amazônia Legal é responsável por mais de metade desses focos.

Segundo governo federal, há 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no combate aos incêndios florestais na Amazônia.

Os estados que mais têm focos de queimada no mês de agosto são Mato Grosso, com 19,3% do total, Pará (19,1%), Amazonas (14,5%), Mato Grosso do Sul (8,5%), São Paulo (7,1%), Rondônia (6,1%), Minas Gerais (4,4%), Maranhão (3,9%), Tocantins (3,6%) e Acre (2,7%).

Em meio a alta de queimadas pelo país, a Polícia Federal abriu 31 inquéritos para investigar suspeitas de incêndios criminosos no país.

Ao todo, 29 inquéritos são sobre ocorrências na Amazônia e no Pantanal. Outras duas investigações envolvem São Paulo, que tem 48 municípios em alerta máximo de queimadas.

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