Lula se encontrou no dia seguinte à eleição com o presidente da Argentina, Alberto Fernández.| Foto: Ricardo Stuckert/PT
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Após vir à tona a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria pressionado a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a autorizar um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina, os deputados federais Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) denunciaram o governo à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Acabo de denunciar Lula ao Ministério Público Federal por suspeita de utilização de dinheiro público brasileiro para possível financiamento de campanhas eleitorais na Argentina”, escreveu Gayer pelas redes sociais.

Ao protocolar uma notícia-crime contra Lula e Tebet, Bylynskyj apontou o crime de Advocacia Administrativa que “consiste em patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública”.

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No documento, o parlamentar paulista menciona que o empréstimo obtido, com a influência de Lula, auxiliou a Argentina a pagar uma parcela de uma dívida com o FMI, evitando que o país desse um calote na instituição e permitiu que um novo empréstimo (no valor de US$ 7,5 bi) fosse concedido pelo FMI. Isso evitou que a imagem do atual governo argentino ficasse ainda mais desgastada e, consequentemente, refletisse nas eleições

"O interesse é, sobretudo, privado, uma vez que o empréstimo obtido visa favorecer politicamente o atual governo argentino e, consequentemente, facilitar a eleição do candidato da esquerda, Sérgio Massa, para o cargo de Presidente da República Argentina", concluiu Bilynskyj.

No início da tarde, desta quarta-feira (4), o governo negou a intervenção e disse que a operação foi realizada para “ajudar o país com escassez de reservas”.

A história foi revelada no começo da manhã desta quarta (4) pelo jornal O Estado de São Paulo, que apontou que a operação de ajuda à Argentina foi um “empréstimo-ponte” para conseguir recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) na ordem de US$ 7,5 bilhões. O país, no entanto, já havia atingido o limite de crédito no CAF, o que teria levado Lula a pressionar pela aprovação – Tebet é governadora do Brasil no banco.