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Um áudio de uma reunião revelou que o prefeito Waguinho (Republicanos) ordenou a presença dos funcionários no evento que teve a presença de Lula
Um áudio de uma reunião revelou que o prefeito Waguinho (Republicanos) ordenou a presença dos funcionários no evento que teve a presença de Lula| Foto: Ricardo Stuckert / PR

Os deputados Anderson Moraes e Márcio Gualberto, ambos do PL do Rio de Janeiro, pediram ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que se investigue o prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner dos Santos Carneiro (Republicanos), por conta de denúncias sobre a coação a servidores do município para que eles fossem ao evento com o presidente Lula (PT), nesta terça-feira (6).

“Um verdadeiro absurdo onde o prefeito da cidade paralisou todos os serviços públicos, em especial, a Educação, parou o ensino das crianças para poder receber o presidente. Não deveria fazer isso para receber nenhuma pessoa”, disse o deputado Anderson Moraes em vídeo compartilhado nas redes sociais.

“Nenhum servidor público pode ser constrangido a deixar de fazer o que lhe compete por causa da visita de um presidente da República”, completou o deputado Márcio Gualberto.

Um áudio de uma reunião de servidores do município de Belford Roxo revelou que o prefeito ordenou a presença dos funcionários no evento que teve a presença de Lula. Na gravação, diretores instruíram os servidores a comparecerem ao comício, mesmo com o ponto facultativo decretado pelo prefeito.

O áudio da reunião foi obtido pelo Metrópoles junto de uma imagem que mostra uma troca de mensagens sobre o horário de encontro dos servidores em uma creche local.

Na reunião, ocorrida na Escola Municipal Ernesto Pinheiro Barcellos, diretores orientaram os funcionários sobre o evento e pedindo apoio a Lula com o uso de bonés e participação em momentos de aclamação ao presidente. Foi informado que a prefeitura disponibilizaria ônibus, alimentação e vestimentas aos servidores.

Em um trecho do áudio, uma diretora diz que “todo mundo sabe que terça-feira (6) é ponto facultativo, mas não é ponto facultativo para a gente ficar em casa. Conclusão: todos nós terça-feira lá [no evento de Lula]”. Waguinho justificou o ponto facultativo devido ao “movimento de veículos” provocado pela comitiva presidencial.

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