A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encostou na aprovação e empatou tecnicamente dentro da margem de erro de acordo com a nova pesquisa PoderData divulgada nesta quarta (27). A tendência de queda na popularidade do governo, que vem sendo verificada há algumas semanas, se repetiu neste levantamento e indica um novo ponto de preocupação para o Palácio do Planalto.
Segundo a pesquisa, a desaprovação ao governo alcança 45% dos eleitores ouvidos, enquanto que 47% aprovam. Com a margem de erro de 2 pontos percentuais, a avaliação está tecnicamente empatada, em uma diferença semelhante à verificada no final do ano passado (46% a 44%), mas que havia sido ampliada em janeiro (49% a 42%).
O PoderData ouviu 2,5 mil pessoas entre os dias 23 e 25 de março, por telefone, em 202 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. O índice de confiança é de 95%.
A pesquisa também apontou que o trabalho de Lula frente à presidência é considerado ruim/péssimo para 36% dos entrevistados, enquanto que 31% consideram ótimo/bom. Por outro lado, 26% consideram como regular.
De acordo com o PoderData, o governo tem a avaliação considerada como pior do que a de Jair Bolsonaro (PL) nas regiões Centro-Oeste (61%), Sul (54%) e Norte (53%).
Na análise da pesquisa, o PoderData indica que a avaliação do governo Lula retomou ao patamar polarizado registrado no final do ano passado e que há uma espécie de “novo normal” na relação entre indicadores econômicos e preferências eleitorais.
“Desde que Lula assumiu, o desemprego caiu, a renda do trabalho registrou alta, a pobreza recuou e o PIB cresceu mais do que o previsto no ano passado. Nada disso ajudou o presidente a melhorar sua popularidade. Pelo contrário, ao que tudo indica, as falas controversas do petista e o aumento de preços de alimentos têm tido mais peso na percepção popular”, indica o Poder 360.
Ainda segundo a avaliação, as “falas controversas” de Lula e o aumento de preços dos alimentos têm pesado na avaliação popular. São dois pontos que também foram indicados em pesquisas anteriores de outros institutos, principalmente os ataque do presidente à reação israelense contra o Hamas e a inflação sobre os alimentos, que chegou a ser tema de uma reunião em que cobrou soluções dos ministros – Carlos Fávaro, da Agricultura, afirmou que espera uma redução a partir de abril.
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