Avaliação negativa de Lula passou de 43% em julho para 45% em setembro, enquanto que aprovação caiu para 51%.| Foto: reprodução/Canal Gov
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A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu de 43% em julho para 45% em setembro de acordo com a nova rodada da pesquisa Quaest de avaliação divulgada nesta quarta (2). Embora o avanço tenha ocorrido dentro da margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos, a aprovação caiu 3 pontos, de 54% para 51%.

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Segundo o levantamento, entre as possíveis causas para isso estão o aumento da preocupação dos brasileiros com a economia – de 21% em julho para 24% em setembro – e com a corrupção – de 12% para 13%.

A Quaest ouviu 2 mil pessoas maiores de 16 anos nas quatro regiões do país (Centro-Oeste e Norte são agregados) entre os dias 25 e 29 de setembro, com um nível de confiança de 95%.

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A maior desaprovação a Lula segue na região Sudeste, em que passou de 48% em julho para 53% em setembro, enquanto que a aprovação caiu de 48% para 45%. O mesmo foi registrado no Centro-Oeste/Norte, em que a desaprovação passou de 42% para 46% e a aprovação de 53% para 49%.

No Sul do país, a avaliação está empatada tecnicamente, em 53% de desaprovação e 42% de aprovação. Uma opinião mais favorável ocorre apenas no Nordeste, onde Lula é aprovado por 69% dos eleitores, enquanto que 26% desaprovam.

Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o terceiro governo de Lula não está conseguindo emplacar uma marca própria e está vivendo de uma espécie de "recall".

"O governo não está conseguindo se diferenciar do governo anterior e com isso vai perdendo identidade. Se não fosse o Nordeste e os mais pobres, que votaram no Lula em 2022, a situação seria pior. Ou seja, o que segura o governo é seu recall, não a conquista do novo governo", disse em entrevista à GloboNews.

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A avaliação positiva e negativa de Lula também varia de acordo com a renda familiar dos entrevistados:

  • Até 2 salários mínimos: 62% aprovam (eram 69% em julho) e 32% desaprovam (eram 26%);
  • De 2 a 5 salários mínimos: 51% aprovam (eram 50%) e 46% desaprovam (eram 47%);
  • Acima de 5 salários mínimos: 57% desaprovam (eram 54%) e 40% aprovam (eram 42%).

Os números apurados pela Quaest também apontam um aumento da reprovação entre os dois maiores grupos religiosos do país: os católicos, que tinham uma alta aprovação, e os evangélicos, que já indicavam uma reprovação desde o início deste terceiro mandato lulista.

A desaprovação entre os evangélicos subiu de 52% em julho para 55% em setembro, enquanto que, entre os católicos, disparou de 37% para 42%. A aprovação é de 41% e 54%, respectivamente.

Entre os outros pontos de preocupação dos brasileiros – e que influenciam na avaliação de Lula – tiveram uma leve queda a violência (de 19% para 17%), as questões sociais (de 18% para 16%), a saúde (de 15% para 12%) e a educação (de 8% para7%).

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Na avaliação geral do governo Lula 3, os entrevistados também se mostraram mais pessimistas, com um aumento de 30% para 33% de regular, de 30% para 31% de negativa, e redução de 36% para 32% de negativa.

Também se mostraram mais pessimistas na comparação com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL):

  • Igual: 22% (eram 8% em julho)
  • Melhor: 38% (eram 51%);
  • Pior: 33% (eram 36%).

As maiores reprovações a Lula também estão entre os brasileiros com ensino superior incompleto ou mais (59%) e brancos (55%). Já a aprovação é maior entre as pessoas com ensino fundamental (62%), pardos (60%) e pretos (59). Entre os que tem o ensino médio completo ou incompleto, a variação é estreita – 50% de aprovação e 46% de desaprovação.

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Já na questão da idade, a nova rodada da Quaest mostra um aumento da distância entre a aprovação e a desaprovação entre os jovens de 16 a 34 anos (53% e 43% respectivamente), e uma aprovação entre os brasileiros acima de 35 anos (51% a 45%) e acima dos 60 anos (49% e 48%).

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