A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, conhecido como Banco dos Brics), vai se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta (26) durante uma reunião preparatória para da cúpula do bloco econômico, que será realizada em agosto.
O encontro será realizado na cidade russa de São Petersburgo após o início as atividades da cúpula Rússia-África, e faz parte de um esforço diplomático e de uma campanha de desinformação que o governo Putin vem fazendo para influenciar os países que formam o Brics – a própria Rússia junto do Brasil, Índia, China e África do Sul.
Analistas veem a reunião com a presidente dos Brics como um esforço de Putin para tentar flexibilizar as sanções impostas pelo Ocidente por conta da invasão à Ucrânia há quase um ano e meio. O NDB, no entanto, negou que Dilma vai discutir novas operações na Rússia.
“A presidente tem agendados encontros bilaterais com dois chefes de Estado que são membros fundadores do NDB, nomeadamente a Rússia e a África do Sul. O objetivo de ambas as reuniões bilaterais é verificar as opiniões de ambos os países membros sobre o papel do NDB na próxima Cúpula do BRICS, que será sediada na África do Sul em agosto de 2023. Quaisquer especulações sobre a discussão de novas operações do NDB na Rússia são infundadas”, frisou (veja na íntegra).
Além de Putin, Dilma terá um encontro com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.
Já o governo russo afirmou, em uma nota à imprensa, que a cúpula deve assinar “dezenas de acordos” nas áreas comercial, econômica, investimentos, científica, técnica, cultural e humanitária.
Afirmou, ainda, que Putin e líderes de países africanos “continuarão a discutir possíveis formas de resolver a situação em torno da Ucrânia dentro da Iniciativa de Paz Africana, lançada em São Petersburgo em junho” (veja na íntegra).
A nota, no entanto, não informa sobre discussões acerca da saída da Rússia do acordo de exportação de grãos ucranianos, que voltou a fechar o trânsito de navios cargueiros civis do país pelo mar Negro e que estava em vigor há quase um ano.
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