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Lava Jato

Dino diz que decisão de Toffoli é “registro de absurdos” em “página trevosa da história”

Flávio Dino com Lula
Após Toffoli anular provas de acordo da Odebrecht na Lava Jato, Dino diz que vai apurar criminalmente conduta de agentes. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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O ministro Flávio Dino, da Justiça, vai oficiar a Polícia Federal para que apure criminalmente os supostos desvios de agentes públicos que atuaram na Operação Lava Jato e que são alvos da decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quarta (6).

O próprio ministério foi oficiado pelo STF para prestar esclarecimentos e apurar responsabilidades na condução dos trabalhos da força-tarefa, principalmente na questão do acordo de leniência da Odebrecht, que teve todas as provas anuladas pela Justiça – o que afeta, em cascata, todos os processos decorrente delas.

“A decisão do ministro Toffolli tem dois alcances: um de natureza jurídica, reafirmando a inocência do presidente Lula, indevidamente julgado sem o devido processo legal; o outro é de natureza política, na medida em que fica o registro dos absurdos perpetrados em uma página trevosa da nossa História”, disse Dino pelas redes sociais.

Além de Flávio Dino, o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), também determinou uma apuração interna sobre a conduta de agentes públicos que atuaram na Lava Jato.

A decisão de Dias Toffoli, de caráter individual, afeta todos os processos que usaram provas obtidas nos sistemas da Odebrecht e que levaram ao acordo de leniência, consideradas contaminadas e prejudiciais a outras investigações em curso na Corte.

O ministro também observou que os procuradores que atuaram no Paraná não deveriam ter avançado com o acordo de leniência, baseado na análise dos dados obtidos nos sistemas da Odebrecht, considerados contaminados, e utilizados no chamado "departamento da propina" da empreiteira.

A decisão do ministro abre a possibilidade de responsabilização de todos os envolvidos nos processos que utilizaram provas do acordo, devido às "gravíssimas consequências dos atos para o Estado brasileiro e para centenas de investigados e réus em ações penais", incluindo questões no âmbito público, eleitoral, civil e internacional.

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