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Declarações nesta quinta (31)

Dino desaprova votos de Zanin e nega “caráter político” em investigação das joias

Posse Cristiano Zanin
O ministro do STF Cristiano Zanin e o ministro da justiça, Flávio Dino. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (31) que não concordou com alguns dos votos do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (31). Os posicionamentos recentes do ministro, indicado pelo presidente Lula, tem desagrado a classe petista.

“Tem aspectos que ele votou com os quais eu não concordo, há outros que eu acho que a crítica está injusta. Por exemplo, o das guardas municipais. Ele diz o que está na lei, que as guardas municipais integram o sistema de segurança pública. E foi criticado por isso”, disse Dino, em entrevista à GloboNews nesta quinta (31).

Apesar de não citar os aspectos que não concorda, Dino também ressaltou que ainda é cedo para julgar o ministro. “Há uma incompreensão política e acho que ministro Zanin vai fazer um grande trabalho. Eu acredito e confio nisso", alegou.

Na entrevista, Dino também foi questionado sobre o silêncio do ex-presidente Jair Bolsonaro, em depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira (31). Ele disse que "silêncio é um direito" e que "caberá ao Judiciário interpretar [a decisão dos investigados]".

Após críticas na condução da PF sobre o caso das joias, o ministro da Justiça negou qualquer “caráter político”. “Na medida em que tudo que é feito tem amparo na lei e em autorização judicial, fica evidente que não há nenhum caráter político. Pelo contrário, faço questão de frisar que a atitude da PF tem sido legal, marcada pela discrição e pela técnica.”, disse.

“Agora, pessoas investigadas e contrariadas, claro que se consideram eventualmente injustiçadas. Mas tudo está feito de acordo com provas", complementa Dino.

Sobre os atos do dia 8 de janeiro e a atuação do ex-comandante do GSI, general Gonçalves Dias, que prestou esclarecimentos à CPMI, nesta quinta (31), Dino disse que ele agiu em um contexto difícil, com informações serradas, "talvez dolosamente erradas".

“Por uma razão simples: o governo estava na primeira semana, tinha cinco dias de instalado. E na burocracia, no sentido legal da palavra, é impossível a qualquer um substituir uma equipe em cinco dias, porque há uma tramitação legal", afirmou o ministro da Justiça.

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