O ministro Flávio Dino afirmou, no começo da tarde desta quarta (29), que já tem os votos suficientes para ter a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) aprovada pelos senadores na sabatina do próximo dia 13 de dezembro. A contabilização ocorreu poucas horas depois de começar oficialmente as articulações para obter o apoio dos parlamentares – o conhecido “beija-mão”.
Em uma rápida declaração a jornalistas enquanto caminhava nos corredores do Senado de gabinete em gabinete, Dino brincou com os profissionais dizendo que eles o estão “encontrando demais”, e afirmou ter conseguido a quantidade suficiente de votos favoráveis para ter a indicação aprovada.
“Quantos votos o senhor já está contabilizando”, perguntou um jornalista. Dino respondeu que “os suficientes”, disse acompanhado da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), com quem se reuniu um pouco antes.
Mais cedo, o ministro se reuniu também com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que preside temporariamente o Senado e o Congresso durante a viagem de Rodrigo Pachedo (PSD-MG) ao Oriente Médio acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Dino precisa de pelo menos 41 votos favoráveis no plenário do Senado para ser aprovado para assumir o cargo de ministro do STF na vaga aberta após a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Ele teve a indicação oficializada por Lula na última segunda (27).
Weverton Rocha prevê pelo menos 50 votos favoráveis, e adiantou que o relatório deve registrar a “vida vitoriosa e o pleno saber jurídico” de Dino. “A maioria dos ministros do STF fez declarações de apoio. Temos hoje muita tranquilidade de levar o relatório com a indicação do nosso sabatinado”, completou.
Um pouco mais cedo, Dino disse que iria conversar com todos os senadores independente de serem governistas ou da oposição, e que um ministro do STF “não tem lado político”. Ele afirmou que a campanha em busca de votos levaria em consideração uma busca pela “harmonia” entre os Três Poderes, e que a Corte precisa ser um “vetor” dessa convivência.
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