O ministro da Justiça, Flávio Dino, ressaltou que se demitisse seus assessores “de modo injusto” seria “desmoralizado”.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (16) que não demitirá seus secretários que receberam Luciane Barbosa Farias, esposa do líder do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, na sede do ministério. Ele ressaltou que se demitisse seus assessores “de modo injusto” seria “desmoralizado”. Para Dino, o escândalo “é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo".

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“Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Os secretários praticaram algum crime? Beneficiaram supostamente o Comando Vermelho em quê? É preciso ter um pouco de responsabilidade e de seriedade. Eu tenho o comando da minha equipe, confio na minha equipe e eu não demito secretário de modo injusto, porque se eu fizesse isso, quem iria ser desmoralizado não seria o secretário, seria eu”, disse o ministro em uma agenda oficial no Ceará.

Luciene participou de audiências com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos, e com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Ela acompanhou a advogada Janira Rocha, que foi deputada pelo Psol, nas reuniões.

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“Às vezes um prefeito tem uma audiência, e a audiência é do prefeito. Só que no momento da audiência, entram com o prefeito oito pessoas. Os deputados sabem disso todos. Você vai fazer o quê? Vai barrar? Vai impedir? Por quê? É um prédio público. Não existe presunção de culpa, existe presunção de inocência”, disse o ministro. Dino afirmou que não tem como controlar a agenda de seus secretários e voltou a dizer que nunca se encontrou com Luciene.

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