Dino diz que ficará “por mais alguns dias” no Ministério da Justiça

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O ministro Flávio Dino, da Justiça, afirmou que vai ficar na pasta “por mais alguns dias” antes de sair oficialmente do governo para assumir a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro.

A declaração foi dada na noite desta segunda (8) a jornalistas pouco depois da cerimônia em alusão ao um ano dos atos de 8 de janeiro de 2023, no Congresso. A expectativa era de que ele deixasse o ministério no mesmo dia, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia adiantado na última reunião ministerial do ano passado, em dezembro.

Na época, Lula afirmou que espera que Dino no STF "seja um comunista do bem e que não prevaleça a ideologia".

Dino afirmou que vai continuar no cargo até que o presidente escolha oficialmente o sucessor, o que deve ocorrer ainda nesta semana. A expectativa é de que o ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski, seja o escolhido – ele se reuniu com Lula na manhã de segunda (8) fora da agenda oficial.

“Espero que, até o final desta semana, o presidente [Lula] possa chegar a essa escolha, chegar a esse nome. Continuo no ministério garantindo a continuidade das atividades, junto com a minha equipe […] Terei essa presença por mais alguns dias no ministério, depois, venho para o Senado. Vou ficar no Senado um mês e uma semana”, disse Dino.

Além de Lewandowski, o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, também está entre os mais cotados para assumir o comando da pasta. Ele tem se destacado no governo desde os atos de 8 de janeiro de 2023, quando foi nomeado por Lula como interventor da segurança pública do Distrito Federal.

Desde então, ele tem dado declarações e aparecido como representante do ministério em diversos eventos e lançamentos de políticas de segurança, como reuniões com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), entrevistas à imprensa, entre outros.