O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que os financiadores dos atos em Brasília, os quais terminaram com a invasão e depredação de prédios públicos dos Três Poderes, começaram a ser identificados. A declaração foi dada nesta terça-feira (10), após a cerimônia de posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A primeira parte dos identificados está relacionada, principalmente, à contratação de ônibus e organização do transporte dos manifestantes até Brasília.
De acordo com Dino, até o momento, os financiadores dos atos já identificados eram de dez unidades da federação. Há pessoas com ocupações variadas, tais como pequenos comerciantes e empresários do agronegócio. Existem ainda aqueles ligados a grupos de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs). As informações foram publicadas pela Agência Brasil.
“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações [caracterizações da participação nos atos] e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, afirmou o ministro após a cerimônia.
Ao ser questionado sobre os possíveis crimes que podem ser imputados a essas pessoas, Dino afirmou que elas poderão ser responsabilizadas por associação criminosa e prática contra o Estado Democrático de Direito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro.
De acordo com a Agência Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) trabalha na elaboração dos pedidos judiciais para bloquear as contas das pessoas - físicas e jurídicas - que serão apontadas como os financiadores dos atos.
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