O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta (19) para que o julgamento de uma ação que impede o bloqueio de aplicativos de mensagens seja levado para o plenário físico da Corte. A análise do caso começou durante a madrugada no plenário virtual e tinha votos favoráveis do relator, Edson Fachin, e do ministro Alexandre de Moraes.
Dino não justificou o motivo que pediu para que a ação seja analisada no plenário físico do STF, mas a decisão em tese interrompe a análise eletrônica. Com isso, uma data para o julgamento ainda deve ser marcada e abre a possibilidade para que os ministros argumentem e debatam oralmente seus votos.
A ação foi protocolada em 2016 pelo partido Cidadania e discute a possibilidade de bloquear aplicativos de mensagens, como Whatsapp ou Telegram, por decisões judiciais. A legenda contestou, na época, uma decisão da Justiça de Sergipe que bloqueou o aplicativo da Meta por 72 horas.
Na primeira tramitação, o Cidadania contestou a decisão que suspendeu o WhatsApp por supostamente descumprir uma ordem para quebrar o sigilo de mensagens, solicitada em meio a uma investigação sobre crime organizado e tráfico de drogas. Pouco depois, outra decisão no Rio de Janeiro também pediu a suspensão do serviço do aplicativo.
Na época, o então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, concedeu uma liminar em que afirmou que a suspensão do aplicativo em todo o território nacional iria contra o direito de livre expressão e de comunicação presentes na Constituição, visto o tamanho do uso da plataforma no país.
“A suspensão do serviço do aplicativo WhatsApp, que permite a troca de mensagens instantâneas pela rede mundial de computadores, da forma abrangente como foi determinada, parece-me violar o preceito fundamental da liberdade de expressão aqui indicado, bem como a legislação de regência sobre o tema. Ademais, a extensão do bloqueio a todo o território nacional, afigura-se, quando menos, medida desproporcional ao motivo que lhe deu causa”, escreveu.
O caso passou à relatoria do ministro Edson Fachin, que votou por colocar a liminar concedida por Lewandowski para o julgamento dos demais ministros.
Congresso prepara reação à decisão de Dino que suspendeu pagamento de emendas parlamentares
O presente do Conanda aos abortistas
Governo publica indulto natalino sem perdão aos presos do 8/1 e por abuso de autoridade
Após operação da PF, União Brasil deixa para 2025 decisão sobre liderança do partido na Câmara
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF