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O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, disse nesta quinta (30) que está otimista com a aprovação dos senadores para a indicação dele ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele fez o segundo dia do “beija-mão” com os parlamentares em busca de apoio na sabatina a que será submetido no próximo dia 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A aprovação na sabatina é necessária para que a indicação à Corte seja analisada no plenário do Senado antes de ser efetivada. Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda (27) para ocupar a vaga aberta após a aposentadoria da ministra Rosa Weber.
“As conversas têm sido muito boas porque, em primeiro lugar, são conversas de aprendizado. E se eu tiver a aventura de merecer a aprovação do Senado, essas conversas me ajudarão a exercer bem a função no sentido do diálogo permanente com os senadores, de compreender as razões próprias da política, valorizar o trabalho legislativo, entender que os senadores têm cada um uma visão do nosso imenso território brasileiro”, disse no final da manhã.
Dino iniciou o movimento de articulação com os senadores pouco depois de Lula oficializar a indicação, ligando para os mais próximos para pedir o apoio à aprovação. Na quarta (29), ele iniciou efetivamente a caminhada pelos gabinetes do Senado, e chegou a afirmar que já teria os votos suficientes.
“Os suficientes”, disse a jornalistas. Ele se reuniu também com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que está presidindo temporariamente o Senado durante a viagem do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Oriente Médio com o presidente Lula.
Ele precisa de, pelo menos, 41 votos favoráveis no plenário do Senado para ser aprovado. O relator da indicação, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), prevê pelo menos 50 votos favoráveis, e adiantou que o relatório deve registrar a “vida vitoriosa e o pleno saber jurídico de Dino”.
O ministro afirmou, ainda, que vem conversando com todos os senadores independente de serem da base governista ou da oposição, e que os ministros do STF “não tem lado político”.