O ex-ministro José Dirceu partiu para o ataque ao agronegócio reforçando discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que acusa "alguns empresários" de “fascistas” que levam a relação com o governo para um lado ideológico.
O petista histórico aliado de Lula afirmou que o setor é um dos mais beneficiados por políticas públicas e que é o governo que sempre o socorre em crises. A declaração foi dada em uma entrevista à CNN Brasil em que era questionado sobre a dificuldade do presidente de construir relações com o agronegócio, em que elabora políticas públicas de um lado e ataca empresários do outro.
“Porque realmente tem uma parte que se comporta como tal, não [como] o agronegócio”, disse Dirceu.
Para Dirceu, o apoio dos empresários do agronegócio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “inacreditável”, e que essa é uma “oposição mais política e mais ideológica do que uma oposição dos programas do nosso governo”.
“O que nós fizemos que prejudicou o agronegócio brasileiro”, questionou citando o Plano Safra de Lula e Dilma Rousseff (PT) com juros subsidiados para a construção de armazéns e aquisição de máquinas e equipamentos.
“A presidente Dilma emprestou a 3,5% ao ano recursos para armazéns. Hoje o agronegócio não tem armazéns, vende os recursos a sua produção para cinco irmãs que controlam as trades no Brasil, perdendo as vezes até abaixo do custo. Se tem uma seca, quem socorre o agro é o governo”, ressaltou.
José Dirceu ainda citou a situação econômica de outros países que podem beneficiar os negócios com o Brasil, e diz que está falando sobre isso com líderes do PL, União Brasil e PSD para “olhar aquilo que é importante para o Brasil ir para frente nesse momento, resolver seus problemas”.
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