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Ex-ministro do PT

Dirceu defende “direito sagrado” de palestinos levantarem armas contra Israel

José Dirceu
José Dirceu, ex-ministro condenado pelo Mensalão e Lava Jato (Foto: Joedson Alves/EFE)

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O ex-ministro e ex-deputado condenado pelo Mensalão e Lava Jato, José Dirceu (PT), disse que os palestinos têm “direito sagrado” de se levantaram em armas contra Israel.

De acordo com o petista, o presidente Lula (PT) está correto em classificar a reação de Israel em Gaza como “genocídio”.

“O Lula está corretíssimo. Não há razão para não nos manifestarmos claramente. O que aconteceu lá [em Gaza] foi e é um genocídio, uma guerra de extermínio [...] É um colonialismo. A Palestina está ocupada por Israel, que não reconhece o direito do povo palestino ao seu Estado”, disse Dirceu em entrevista concedida à Folha de São Paulo, neste domingo (22).

“O povo palestino tem o direito de se levantar em armas contra a ocupação de Israel. Tem o direito. Sagrado. Aliás, o [presidente da Turquia, Recep Tayyip] Erdogan falou isso. Está na Carta das Nações Unidas. É uma ocupação. É um colonialismo, uma segregação, um apartheid social grave”, completou.

Em 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas atacaram homens, mulheres, crianças e idosos israelenses, todos civis desarmados, deixando 1.300 mortos.

Ainda, de acordo com Dirceu, “não é porque houve um atentado do Hamas que você é obrigado a concordar com a política que Israel está desenvolvendo hoje”.

Dirceu também defendeu setores da esquerda que têm atacado Israel.

“Condenar Israel não tem nada a ver com antissemitismo. No Brasil nunca teve antissemitismo [...] Eu nunca vi antissemitismo dentro do PT. Nunca houve problema entre o partido e os judeus”, afirmou Dirceu.

Dirceu criticou diplomacia do governo Lula com Venezuela

Em outro trecho da entrevista, Dirceu criticou a diplomacia do governo Lula em relação à Venezuela.

“Nossa posição tem que ser a mesma do México. Nós não podemos interferir nas questões internas da Venezuela. Temos que preservar [a tradição diplomática]. E evitar a diplomacia informal, de WhatsApp, de entrevistas coletivas”, afirmou Dirceu.

“Tudo bem que todo mundo usa [esses instrumentos]. Mas, se tudo é feito publicamente, a situação fica irreversível”, completou.

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