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A vitória do empresário Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos na madrugada desta quarta (6) foi comemorada pela direita brasileira, que já vê projeta o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder em 2026. Ele próprio também comemorou a vitória e disse que espera o mesmo acontecer no Brasil.
As primeiras comemorações surgiram em meio à divulgação dos primeiros números que já indicavam a vitória de Trump, ainda no meio da madrugada. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Bolsonaro, foi um dos primeiros e afirmou que “venceu a liberdade, a democracia e o conservadorismo”.
“Que os bons ventos soprem agora no Brasil”, ressaltou.
Outro dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que nem mesmo o apoio da máquina estatal da vice-presidente Kamala Harris foi suficiente para elegê-la. E ainda afirmou que, durante o governo atual, houve um “enfraquecimento social” da população “de forma proposital”.
“Mesmo com a poderosa máquina direcionada pela agenda woke progressista enfraquecendo social e economicamente o povo de forma proposital, para um domínio completo do Estado sobre as pessoas, o Ocidente ainda respira”, disse.
O irmão deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que Trump volta à presidência “de onde você nunca deveria ter saído”.
A comemoração seguiu entre os aliados do ex-presidente, como o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que disse que “o mundo livre respira”. “A civilização ocidental agradece. Nosso Brasil inclusive. 2024 Trump de volta nos EUA. 2026 Jair Bolsonaro”, pontuou.
Já o deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS), classificou a derrota de Kamala Harris e as pesquisas de intenção de votos nos Estados Unidos – que apontavam uma disputa apertada – como “faisqueira”. Isso porque a diferença de votos era apontada, em algumas, como de 1%, mas Trump conseguiu 267 delegados, enquanto que a adversária teve os votos de 224.
“Foi um massacre a vitória de Trump, o Ocidente respira aliviado, mas os institutos de pesquisa e a imprensa vendida não”, disparou.
Marcon ainda agradeceu ao bilionário empresário Elon Musk por ter sido um dos principais cabos eleitorais de Trump, afirmando que ele foi “o grande responsável pela vitória esmagadora”. “Esse cara fez mais pela liberdade que qualquer homem vivo na terra (sic), simplesmente fantástico”, emendou.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) emendou a comemoração e afirmou que a vitória de Trump é “um alívio para o mundo livre” e que “o futuro parece brilhante”. “Uma chance para os brasileiros que lutam pela verdade e pela liberdade e abominam a tirania e a censura”, afirmou.
O colega de Câmara, José Medeiros (PL-MT), foi direto e afirmou que “em 2026 teremos Bolsonaro no Brasil”. “Que Deus abençoe os EUA! Brasil 2026 é logo ali”, emendou Messias Donato (Republicanos-ES).
“A América respira vitória”, pontuou Caroline de Toni (PL-SC), deputada que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Já o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) lembrou ainda que o Senado dos Estados Unidos teve a eleição de uma maioria republicana, e espera ver Bolsonaro voltar ao Palácio do Planalto.
“Assim como nos Estados Unidos em que o povo votou pelo retorno de Trump, em 2026 veremos Jair Bolsonaro subir a rampa do Palácio do Planalto com uma grande bancada no Senado e na Câmara”, disparou.
A mesma referência foi usada pelo colega Nikolas Ferreira (PL-MG), que disse que "os democratas perderam a Câmara, o Senado, o colégio eleitoral e o voto popular. As palavras de Lula não envelheceram muito bem".
Ainda durante a madrugada, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) disse que “agora podemos dormir felizes e tranquilos”. “2026 é logo ali”, emendou Bruno Engler (PL-MG), deputado federal derrotado na corrida à prefeitura de Belo Horizonte nas eleições municipais deste ano.
O senador Sergio Moro (União-PR) disparou contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmando que ele mostrou “toda a sua ‘genialidade’ diplomática, não só manifestou desnecessariamente sua preferência por quem perdeu a disputa, mas também chamou o Trump, novo presidente dos Estados Unidos, de nazista”, questionou.
Isso, porque, Lula manifestou apoio a Kamala Harris na última sexta (1º) em uma entrevista ao canal francês TF1, embora tenha reconhecido que não poderia se manifestar com risco de ser questionado por uma suposta interferência em eleição de outro país.
Há a expectativa de que o governo brasileiro se pronuncie ainda nesta manhã reconhecendo a vitória de Trump. No entanto, ainda não há informações de Lula fará a tradicional ligação ao presidente eleito -- eles são rivais.
“Trump vence nos EUA e se inicia a contagem regressiva para o retorno da Direta ao poder no Brasil”, pontuou o deputado Coronel Meira (PL-PE). “Vitória da liberdade, da democracia e da prosperidade. A América será grande novamente”, emendou a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
"Parabéns ao povo americano que derrotou esmagadoramente à abortista e esquerdista radical Kamala Harris. Em 26, será a nossa vez de nos livrarmos do atraso da esquerda", completou.
Já o ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, parafraseou o lema da campanha de Bolsonaro e disse “faça o Brasil grande novamente”, referente ao “make America great again” (“faça a América grande novamente”).
O deputado Gustavo Gayer (PL-MG) postou nas redes sociais uma imagem de Bolsonaro cumprimentando Trump durante uma reunião do G20 parabenizando sua vitória. "Tá Kamala pronta? Então vaza", diz uma imagem postada pelo deputado Mario Frias (PL-SP).
Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que a vitória de Trump fortalece o combate ao globalismo. “Trump tem uma postura firme contra o globalismo e as imposições externas. Sua vitória significa um fortalecimento das soberanias nacionais e um passo importante na luta contra interferências que comprometem a liberdade dos povos. É um exemplo de que o mundo ainda acredita em governos que defendem seus cidadãos acima de tudo”, disse Nogueira.
“Sob o governo democrata (esquerda), experimentaram degradação social, econômica, além da perda de protagonismo na política internacional. Quem perdeu foi o ocidente. A direita só avança: Milei na Argentina, Bukele em El Salvador, Lacalle Pou no Uruguai, Orban na Hungria, Melonia na Itália, Netanyahu em Israel, Trump nos EUA e, em breve, Bolsonaro no Brasil”, postou o senador Jorge Seif (PL-SC).
Ainda de acordo com ele, a eleição de Trump no “maior símbolo da democracia mundial [...] influenciará o rumo da política internacional, inclusive no Brasil”.
A colega senadora Damares Alves (Republicanos-DF) seguiu na mesma linha e afirmou que “venceu a democracia”.