Políticos brasileiros de direita e esquerda comentaram a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de concorrer à reeleição, reforçando a torcida a favor e contra o ex-presidente Donald Trump, que tentará voltar à Casa Branca neste ano. Nas redes sociais, alguns aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro aproveitaram o episódio para provocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a seguir o exemplo do presidente americano em 2026.
“Biden EUA está fora! Quando o Biden brasileiro vai sair?!”, postou na rede X o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Biden pediu pra sair da disputa Presidencial, só falta o Lula!”, fez coro o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). Por trás das provocações, está a ideia de que os frequentes disparates de Lula sinalizam que poderia estar senil como Biden.
Em fevereiro, Lula, que tem 78 anos, declarou preferência por Biden, que tem 81, na eleição americana. “Eu espero que o Biden ganhe as eleições”, disse em entrevista à RedeTV.
A deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) escreveu que “Biden admite sua fraqueza” ao desistir. “Go, Trump!”, emendou, na torcida pelo republicano. “A esquerda americana está em desespero total!”, publicou nas redes a colega Carla Zambelli (PL-SP).
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro e presidente do Progressistas, escreveu que a decisão de Biden “é a vitória da verdade sobre as narrativas falsas e manipuladoras da esquerda”.
“Foi a vitória finalmente daqueles que ficaram amordaçados por uma narrativa de que Trump era o mal absoluto e Biden o bem incontestável. A renúncia de Biden é um alerta: podem mentir uma vez, podem mentir duas, podem mentir três vezes, mas ninguém pode impedir que a verdade venha à tona”, postou o político nas redes.
Na esquerda, a decisão de Biden foi elogiada, com a esperança de que o substituto possa vencer Trump.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, filiada ao PT, postou que a renúncia de Biden “é um marco significativo na política americana, especialmente neste momento histórico de confrontar o extremismo”.
“Sabemos que eleições nos EUA sempre têm um impacto global, refletindo diretamente no Brasil e em outros países. A possibilidade de uma mulher negra como presidenta dos EUA poderia inspirar e impulsionar o Brasil a seguir um caminho semelhante, promovendo ainda mais igualdade racial e de gênero em nossa política”, escreveu, numa referência implícita à possibilidade de a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, apoiada por Biden, tornar-se sua substituta – outra possibilidade é a ex-primeira-dama Michelle Obama.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, filiada ao MDB, foi na mesma linha. “Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo. Que os Democratas tenham o mesmo altruísmo e sabedoria na escolha para confrontar o extremismo.”
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) manifestou torcida explícita à vice de Biden. “Um passo a frente! Derrotar Trump é uma missão mundial e a escolha de Kamala Harris é acertada. Não devemos titubear em eleger a primeira mulher presidente dos EUA.”
O ex-deputado e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo, filiado ao PT, postou que a decisão de Biden “carrega um importante simbolismo: nenhum projeto pessoal pode estar acima da construção de uma maioria eleitoral que preserve a democracia”. “Foi assim no Brasil e na França, será assim nos EUA. Aqui, o campo democrático precisa manter-se unido, não podemos vacilar”, acrescentou.
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