A desistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ceder aos pedidos do ministro Flávio Dino para indicar o secretário-executivo Ricardo Cappelli ao cargo de titular não ocorreu apenas por conta da preferência do petista pelo amigo Ricardo Lewandowski. Mas, pelo passado antipetista do “número 2” da pasta.
É o que afirma a diretora-executiva nacional do PT, Camila Moreno, ao justificar o motivo do nome de Cappelli ser deixado de lado por Lula mesmo tendo sido a preferência de Dino e pela atuação em importantes episódios do atual governo, como a intervenção na segurança pública do Distrito Federal durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
De acordo com Camila, há o reconhecimento da atuação de Cappelli como braço direito de Flávio Dino, mas “também é verdade que, há menos de cinco anos, era um militante antipetista e anti Lula inveterado. Lula é sábio”.
“Capelli apagou suas postagens desrespeitosas com o PT e Lula, mas se vocês derem um Google dedicado, vão encontrar em outras fontes. Lula não é rancoroso, tanto que ele pôde ter um espaço de tanta visibilidade e poder”, disse em uma postagem nas redes sociais (veja na íntegra).
Camila afirma, ainda, que o cargo de ministro da Justiça “exige muita confiança e experiência” e pede que “respeitem Lula”. A “confiança” de Lula em Lewandowski se dá, entre outros motivos, pelo ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) ter sido o autor da suspensão das ações penais contra o pesidente.
Já Ricardo Cappelli chegou a ter o nome fortemente cotado para a pasta, e chegou a dizer a interlocutores que poderia pedir demissão do cargo após a indicação de Lewandowski. No entanto, pouco antes de Lula oficializar o magistrado aposentado para o cargo, Cappelli postou nas redes sociais que estava saindo de férias com a família e que, na volta, iria auxiliar na transição entre os ministros.
Aliados afirmam que Lewandowski aceitou o convite de Lula com carta branca para nomear quem quiser para a pasta, exceto o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, que deve permanecer no cargo.
Já a secretaria-executiva deve ser dada a Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF e homem de confiança do magistrado aposentado.
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