A dirigente do Partido da Causa Operária (PCO), Natália Pimenta, teve a conta no X (antigo Twitter) retida após publicação em que comemora o ataque dos terroristas do Hamas aos israelenses em outubro do ano passado, quando deixaram 1,4 mil mortos entre homens, mulheres e crianças, todos desarmados.
“O céu da Palestina num glorioso dia de outubro”, dizia a publicação da dirigente em alusão ao ataque de outubro, quando foi relatada a descida de terroristas com auxílio de parapentes. A frase estava acompanhada de uma imagem atribuída à descida dos terroristas em Israel.
A publicação recebeu uma checagem da comunidade do X indicando que “apologia ao terrorismo é crime”, de acordo com a Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016, que alterou disposições anteriores e regulamentou o crime de terrorismo.
Em outubro do ano passado, duas mulheres foram acusadas criminalmente de apoio ao terrorismo na Inglaterra por terem mostrado fotos de parapentes durante uma manifestação a favor da Palestina.
Além de dirigente nacional do PCO, Natália Pimenta é filha do presidente do partido, Rui Costa Pimenta, e secretária de Organização e de Mulheres do PCO.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o PCO para comentar sobre o caso e aguarda retorno.
A publicação de Natália está de acordo com o posicionamento assumido pelo PCO desde o ataque do Hamas.
Rui Pimenta chegou a dizer que o PCO está “1000% com o Hamas” e que “terrorismo é uma forma de luta”. Pimenta também tem endossado acusações contra o governo de Israel.
Outro filho de Rui Pimenta, o militante João Pimenta, foi alvo de um pedido coletivo de deputados para abertura de um inquérito por apologia ao terrorismo.
A denúncia enviada à Polícia Civil de São Paulo diz respeito a imagens de um ato público na capital em que João Pimenta brada ao microfone ao pedir “uma salva de palmas para todos os grupos armados, para o Hamas, para a Jihad islâmica e para todos os grupos que lutam pela Palestina”.
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